Agentes de endemias concentram ações nos bairros com maior índice de infestação para Aedes aegypti
Poder Saúde

Agentes de endemias concentram ações nos bairros com maior índice de infestação para Aedes aegypti

Com o objetivo de eliminar os focos de infestação para Aedes aegypti nas áreas em que o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) foi acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que deve ser menor que 1%, os agentes de endemias iniciaram o tratamento focal em imóveis do loteamento Comveima, nessa terça-feira (21). Atualmente, o Índice de Infestação Predial (IIP) em Vitória da Conquista é de  2,6%. O Comveima I registrou 8,8 IIP.

O supervisor geral de endemias, Edmilson Lima, explica que o trabalho de tratamento focal iniciou no final de dezembro e já passou  pelos loteamentos Lage Grande, Urbis 4, Flamengo e Jurema. “Agora estamos aqui no Comveima I, Vila da Conquista e Morada Real. Com os agentes visitando de casa em casa, fazendo o tratamento com larvicida e orientando os moradores quanto aos cuidados que devem ter para não pegar dengue e os sinais e sintomas da doença. Importante ressaltar que nossa meta é passar em todas as localidades com índice maior que 1%”, afirma.

Segundo Edmilson, a expectativa é de que no Comveima I sejam visitados mais de 2.300 imóveis, como a casa do pastor João Batista Ferraz, que recebeu a visita da agente na manhã de hoje. Ele e sua esposa Maria Ferraz sabem a importância do trabalho do agente de endemias e dos cuidados para manter sua casa livre do mosquito. “Aqui, a gente mantem sempre tudo organizado, a caixa d’água limpa e fechada, vasinhos virados, plantas com terrinha e lixo sempre fechado. E aos domingos eu também oriento a comunidade durante o culto”, diz o pastor.

Ovitrampas – além do tratamento focal, os agentes de endemias estão capturando os ovos do Aedes aegypti com a armadilha Ovitrampas, a fim de controlar a infestação do mosquito e combater as doenças (dengue, zika e chikungunya), por meio da captura dos ovos do mosquito, que é um indicativo de infestação, e também auxiliar no monitoramento das áreas vulneráveis para transmissão da dengue.

Preparação da armadilha Ovitrampas

No Comveima, um dos locais que receberam as armadilhas foi o ferro velho de Lourão. Ele disse que o trabalho dos agentes em seu ponto comercial é muito eficiente, por ser considerado um ponto estratégico para a proliferação do mosquito, por isso, recebe visitas quinzenais dos agentes. “Aqui a cada 15 dias os agentes chegam, borrifam inseticida, coloca um pozinho nos pneus. É um trabalho excelente e muito importante, porque eu não tenho como cobrir meu comércio e o que tenho aqui acumula muita água da chuva”, ressaltou Lourão.

De acordo com o supervisor de endemias, Graciano Araújo, o Comveima vai receber uma média de 200 armadilhas. “Durante quatro semanas, os agentes irão acompanhar essas armadilhas que capturam os ovos na paleta, a qual é trocada a cada oito dias. O calculo de troca da paleta acompanha o tempo de vida da fêmea do mosquito, que vive até 40 dias e neste período faz quatro postura de ovos”, explicou.

Além do Comveima, estão recebendo as armadilhas os imóveis dos loteamentos Vila da Conquista e Campinhos. Segundo dados da Coordenação de Endemias, desde que foi implantado, em outubro de 2024, já foram coletados mais de 115 mil ovos de Aedes aegypti.

Fonte: Ascom/PMVC | Foto: Ascom/PMVC