A democracia é um conceito que tem sido debatido ao longo da história da humanidade. Na perspectiva da maioria dos filósofos ela é considerada como um sistema político que busca promover a justiça social e a igualdade. É exercida pela soberania popular que confere parte desse poder ao Estado, por meio de seus representantes eleitos, lembrando que a origem do termo é grega e significa “povo”. É sustentada por um conjunto de leis infraconstitucionais respaldadas na Constituição.
Estas leis representam uma proteção para os conflitos das vivências individuais, um freio para os abusos praticados pelo lado mais forte, como por exemplo nas relações familiares.
Ou seja, todos os dispositivos legais partem da experiência social, onde cada nação molda a sua história e a registra como normas obrigatórias. Muitas vezes servem como referência para outros povos que as copiam e aprimoram.
Mas o que pretendo demonstrar é que nenhum avanço ocorre sem os embates da vida, representados quase sempre por esforço e dor.
Estas batalhas enfrentadas geram uma conquista não apenas estabelecida nos códigos legislativos, mas constituem uma força imaterial intransponível e indestrutível, afinal, dento da infinita Justiça Divina, nenhum sofrimento fica sem a devida compensação. Assim, forma-se uma proteção pelo princípio do merecimento, não podendo ser violada nem alterada senão por novos avanços sociais, uma vez que estaria em desacordo com leis universais que regem o cosmos.
Em outras palavras, iniciativas individuais ou de grupos rebeldes que atentem contra os princípios democráticos serão eliminadas por essa força que governa tudo e todos. Contudo, esses confrontos solidificam e fortalecem ainda mais as verdades colocadas em discussão, permitindo que novos horizontes e valores morais sejam percebidos para que aqueles que assim desejarem iniciem novos caminhos, deixando para trás aqueles que insistem em permanecerem estagnados. Enfim, a democracia nos possibilita estar em constante aprimoramento de ações e atitudes.
Mauro Falcão
