Autor: Da Redação | Foto: Redes sociais/ Reprodução TV Globo
- Sargento da FAB Manoel Silva Rodrigues foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão
- Em 2019, ele pego na Espanha com 37 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial
- O tempo em que ficou preso da Espanha será descontado da pena final do sargento
O sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão por tráfico internacional de drogas. A decisão foi tomada de forma unânime pela Justiça Militar da União nesta terça-feira (15).
Em 2019, Rodrigues foi preso em Sevilha, na Espanha, enquanto transportava 37 quilos de cocaína em um voo da comitiva presidencial.
Segundo informações do g1, o sargento da Força Aérea Brasileira foi julgado pelo Conselho Permanente de Justiça, cujo presidente é o juiz federal Frederico Magno de Melo Veras. Além dele, um coronel e outros três capitães da Aeronáutica integram a corte. Manoel Silva Rodrigues ainda pode recorrer da decisão.
Como Manoel Rodrigues já está preso na Espanha, o período será descontado da nova condenação. Ele foi condenado pela Justiça espanhola em fevereiro de 2020 a seis anos e um dia de prisão, além de ter de pagar uma multa de 2 milhões de euros. A pena foi reduzida porque o sargento confessou o crime.
Relembre o caso
Manoel estava em um avião que dava apoio à comitiva de Bolsonaro que fez escala em Sevilha antes de seguir para o Japão, onde o presidente foi para participar da cúpula de líderes do G20. O avião presidencial também faria escala na mesma cidade espanhola, antes de ir ao destino, mas, após a prisão do oficial, seguiu para Portugal.
O militar chegou a ser apresentado em um tribunal e foi colocado em detenção provisória. Na época do ocorrido, Bolsonaro disse, nas redes sociais, que determinou que o Ministério da Defesa colaborasse com as investigações da Polícia da Espanha.
Na época, a reportagem do GLOBO apurou que o militar detido é 2º sargento da Aeronáutica e atua como comissário de voo, prestando serviço de bordo em aviões da FAB. De acordo com uma fonte, o sargento não estaria na tripulação da aeronave presidencial e sim do avião que fazia parte do “escalão avançado”, conhecido como SCAV. O que foi para a Espanha funciona como uma espécie de “reserva”.