O relatório da Polícia Federal divulgado na quarta-feira (20) aponta que, mesmo com a proibição do STF de usar redes sociais, Jair Bolsonaro enviou centenas de vídeos e mensagens com apoio às manifestações bolsonaristas e ataques a ministros do Supremo a centenas de contatos pelo WhatsApp.
Segundo a PF, a estratégia tinha o objetivo de manter vivas as narrativas golpistas, seguindo o padrão das chamadas “milícias digitais”.
Para os investigadores, Bolsonaro agiu para “burlar a ordem de proibição a retransmissão de conteúdos imposta pela Justiça”. O documento mostra que o ex-presidente compartilhou conteúdos para mais de 300 destinatários, incluindo vídeos das manifestações de 3 de agosto e mensagens sobre sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes.
O modus operandi descrito pela PF segue o padrão das milícias digitais. Segundo os investigadores: “Difusão em alto volume, por multicanais, de forma rápida, contínua, utilizando pessoas com posição de autoridade perante o público-alvo, para dar uma falsa credibilidade às narrativas propagadas.”
Desde 21 de julho, Bolsonaro está proibido pelo STF de usar redes sociais, direta ou indiretamente. Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente por descumprir essas restrições.
Fonte: Metro1 | Foto: Marcos Corrêa/PR