Imunizante utilizado será o da farmacêutica AstraZeneca, feito em parceria com a Universidade de Oxford
Autor: Correio | Foto: Carolina Antunes/PR
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (13) que a vacinação no Brasil começará ainda em janeiro, e que o governo federal irá enviar um avião à Índia para buscar duas milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19. O imunizante utilizado será o da farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, ambas do Reino Unido.
“Vamos vacinar em janeiro. Hoje (quarta-feira, 13) decola o avião para ir buscar 2 milhões de doses na Índia. É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto”, afirmou Pazuello.
De acordo com a companhia aérea Azul, responsável pelo transporte das vacinas, o avião irá decolar na quinta-feira (14), às 23h, saindo de Recife. Serão 15 horas de voo sem escalas até Mumbai, na Índia, onde a aeronave receberá 15 toneladas de carga. O avião deve pousar sábado (16), às 15h, no Rio de Janeiro, de onde as doses seguirão diretamente para a Fiocruz, que produz a vacina no país.
“Nós temos duas vacinas para janeiro muito promissoras, todos acompanham, a vacina da Fiocruz/AstraZeneca e a do Butantan com Sinovac. São 8 milhões de doses. Quando a Anvisa concluir suas análises de segurança e eficácia, três, quatro dias depois nós estamos distribuindo a vacina no Brasil”, complementou Pazuello.
Sobre a autorização do uso emergencial das duas vacinas, o ministro informou que a Anvisa irá se pronunciar no dia 17 de janeiro. “Botem aí os números para frente. Se a Anvisa alongar para o dia 20, 22, botem os números para frente, mas é janeiro (a vacinação)”, afirma.
O ministro finalizou seu discurso com uma alfinetada política, afirmando que toda a pressão sobre as vacinas se tratava de questões partidárias, de bandeira e de interesses particulares.
“Nós vacinamos trezentos milhões de doses por ano e vamos fazer igual com a vacina contra Covid-19. O resto é apenas pressão política, pressão partidária, pressão de bandeira, pressão de interesses particulares. Nós não saímos do nosso rumo nenhum minuto”, concluiu.