Autor: Tiago José Paiva | Foto: Ângelo Pontes/Divulgação
Um dos setores da economia mais afetados pela pandemia do coronavírus, o turismo apresentou expansão no mês de agosto, sinalizando um retorno das atividades no período de retomada após as medidas de proteção e prevenção contra a Covid-19, que resultou em queda da receita de empresas que atuam nos ramos de restaurantes, hotéis, transporte aéreo, rodoviário coletivo de passageiros e serviços de bufê.
De acordo com um relatório da consultoria Arazul Research, utilizando dados do IBGE, o mês de agosto do Brasil registrou um aumento de 19,3% em relação ao mês de julho, acumulando ganho de 63,4% nos últimos quatro meses. No entanto, estes número estão bem distantes dos que foram registrados nos períodos pré-pandemia. Comparando-os com o mês de julho de 2019, o índice recuou 44,5% e acumula seis meses seguidos de taxas negativas.
O estado da Bahia acompanha o crescimento nacional, registrando uma alta de 48,4% no mês de agosto em relação a julho de 2020. Comparando com o mês de agosto do ano passado, a situação ainda inspira preocupações, visto que há uma queda de 59,6% em relação ao mesmo período pré-pandemia. A situação do setor do turismo afeta especialmente as unidades federativas da região nordeste, que mais dependem deste tipo de negócio.
Em relação ao setor de serviços como um todo, a economia baiana registra uma complexa situação, apresentando queda de 23,4% no mês de agosto em relação ao ano passado. Com este mesmo percentual, o estado de Alagoas acompanha a Bahia na pior colocação dos estados no ranking de volume de serviços, que ao contrário da indústria, varejo e agricultura, segue puxando o PIB brasileiro para trás.