Os assessores da deputada federal Carla Zambelli (PL) repassaram, pelo menos, R$ 13,5 mil para o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como Hacker da Vaza Jato. A informação foi enviada pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e revelada pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, nesta quarta-feira (2).
Segundo os dados, o hacker recebeu dois pagamentos: De R$ 10,5 mil, realizado pelo assessor Renan Goulart e outro, de R$ 3 mil, transferido por Jean Guimarães Vilela. Renan Goulart foi secretário parlamentar de Zambelli em 2019. Desde maio, é assessor do deputado estadual Bruno Zambelli (PL-SP), irmão de Carla. Já Jean Vilela foi contratado por Carla Zambelli em 2023 e segue atuando no gabinete da deputada, segundo informações do sistema da Câmara dos Deputados.
Nesta quarta, Zambelli negou que tenha cometido irregularidades e afirmou que os pagamentos são referentes a serviços que ela contratou para o seu site. O hacker cuidava do site e das redes sociais da deputada.
Investigação
Delgatti foi preso, pela terceira vez, nesta quarta. Por sua vez, Carla Zambelli foi alvo de mandados de busca e apreensão em endereços ligados à ela. A operação investiga a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), que segundo Delgatti, foram solicitados por Carla Zambelli.
Entre os documentos, está um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes do STF, com a frase “faz o L”, ideia que segundo Delgatti, teria sido de Zambelli, que também lhe pediu para invadir as urnas eletrônicas e contas de Alexandre de Moraes. A deputada nega.
Fonte: Metro1 | Foto: Reprodução/Twitter