O Conselho de Ética da Câmara instaurou, nesta terça-feira (30), sete processos disciplinares contra deputados federais que supostamente infringiram as regras do decoro parlamentar. O momento também foi aproveitado para a criação da lista tríplice para designar os relatores que serão responsáveis pelas representações.
Os alvos das ações que serão analisadas pelo Conselho de Ética Casa são os parlamentares: Nikolas Ferreira (PL), Márcio Jerry (PCdoB), Carla Zambelli (PL), José Medeiros (PL), Eduardo Bolsonaro (PL), Juliana Cardoso (PT) e Talíria Petrone (PSOL).
Veja causas
Nikolas Ferreira (PL): No Dia Internacional da Mulher, durante uma sessão do plenário da Câmara, o deputado mineiro quebrou a seriedade do momento para fazer várias declarações de cunho machista e transfóbico. Por conta deste episódio, ele está sendo processado por diversos partidos, como PSOL, PT, PDT, PCdoB e PSB.
Eduardo Bolsonaro (PL): O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passará pela análise do Conselho por ter insultado o deputado Marcon (PT), após o petista questionar a legitimidade da facada sofrida pelo pai do deputado durante a campanha eleitoral de 2018. O atrito ocorreu em meio a uma sessão da Câmara dos Deputados.
Márcio Jerry (PCdoB): A deputada federal Júlia Zanatta (PL) afirmou ter sido assediada por Márcio Jerry durante a Comissão de Segurança Pública da Câmara, audiência conduzida pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). A parlamentar alegou que o colega abordou ela por trás e cochichou palavras em seu ouvido. A cena foi gravada por uma pessoa que estava presente no momento e publicada por Zanatta nas redes sociais, ao denunciar a situação.
Carla Zambelli (PL): Já no caso de Zambelli, ela é acusada de supostamente ter xingado e ofendido o deputado Duarte Jr. (PSB), em meio a uma discussão também durante a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Após um bate-boca, a deputada mandou Duarte “tomar no c*”.
José Medeiros (PL): Medeiros é acusado de ter intimidado a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann. Até o momento, maiores detalhes a respeito do ocorrido não foram divulgados.
Juliana Cardoso (PT): A deputada é processada pelo PP, por ter se referido aos parlamentares favoráveis à urgência do Projeto de Lei (PL) do marco temporal como “assassinos”. O texto da proposta em questão prevê que somente terras indígenas já ocupadas durante a promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, poderão ser demarcadas.
Talíria Petrone (PSOL): Petrone é acusada de ter ofendido o deputado federal Ricardo Salles (PL), durante a primeira sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). “Não é injúria tratar de fatos. E o fato é que o relator dessa comissão é acusado de fraudar mapas, tem relação com o garimpo ilegal. Na época em que era ministro do meio ambiente foi reportado sobre madeira ilegal, ele nem ligou porque não defende o meio ambiente”, afirmou a deputada.
Fonte: Metro1 | Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil