Apontado como favorito ao cargo, prefeito de Belo Campo diz que consenso depende de uma reunião hoje
A eleição para a presidência da UPB (União dos Municípios da Bahia) pode ter chapa única. Uma reunião nesta quinta-feira, 17, pretende definir o nome de consenso. É o que aposta o prefeito de Belo Campo, no Sudoeste da Bahia, Quinho, apontado como principal favorito na disputa, marcada para março do próximo ano.
“Nós estamos avaliando a possibilidade de compor uma chapa única. Nós temos reunião hoje com alguns pré-candidatos. Estamos aguardando essa reunião, agora, para viabilizar nossa candidatura, que já está posta, e, naturalmente, com grandes apoios. Esperamos que tenhamos condições de sair vitoriosos. Mas, vamos tentar articular e manter a unidade e fazer uma chapa única”, disse o prefeito, durante entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM.
Quinho é figura conhecida na UPB. Foi diretor em duas oportunidades e agora ocupa o cargo de vice-presidente. Eleito e reeleito presidente do consórcio Federativo de Vitória da Conquista e Itapetinga, diz ter uma gestão aprovada por 97% da população de Belo Campo. Ele defendeu que o currículo o credencia à presidência da entidade. Apesar do apoio do governador Rui Costa, e do futuro, Jerônimo Rodrigues, destaca que vai manter independência à frente da entidade, caso seja eleito.
“A instituição tem que ter pluralidade partidária, unificação municipalista e independência do governo do estado e de quaisquer que sejam as instituições, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Município. É importante que o prefeito, seja de cidade grande, média ou pequena, tenha independência nos seus pensamentos e na forma de agir. Ser aliado é uma coisa, ser subordinado é outra totalmente diferente”.
Durante a entrevista, o prefeito de Belo Campo avaliou que houve grandes conquistas na UPB, mas não uma “efetivação municipalista” e que sua candidatura simboliza o “embate da respeitabilidade com as instituições”, sobretudo, com o governo federal. Segundo ele, não há mais condição dos municípios sobreviverem sem o Pacto Federativo.
“Meu município tem 20 mil habitantes. Eu tenho prejuízo, um déficit, de R$ 320 mil da saúde por mês. Se eu não tiver recurso orçamentário, de emenda parlamentar, eu não consigo pagar minha folha”, revela Quinho, ao cobrar apoio.
“Nós precisamos de um modelo novo ou as prefeituras não terão capacidade de investimento, principalmente as prefeituras pequenas. Eu quero acreditar que ao final do meu mandato eu verei um modelo diferenciado de pacto federal. O cidadão mora no município, ele não mora no estado, que é o intermediador entre a União. A União fica com 68% do bolo da arrecadação. Não tem condição. Nós temos que mudar”.
Fonte: A Tarde | Foto: Aldair Medina | Ag. A TARDE