O candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, votou na manhã desde domingo, 2, em Fortaleza, e disse a jornalistas que, se perder, não deve se candidatar novamente — mas deixou a possibilidade em aberto. O presidenciável foi votar vestindo uma camisa social amarela, acompanhado da sua mulher, Giselle Bezerra.
Instado a fazer um balanço da sua campanha, o presidenciável brincou que foi “dois quilos pra mais, 1,750 quilo pra menos”, mas depois respondeu seriamente.
“Veja, eu travei o bom combate, lutei a boa luta, defendi a causa. E os tempos estão muito estranhos, no mundo e no Brasil. Talvez eu esteja ficando uma pessoa meio fora da moda desses tempos estranhos que o mundo está vivendo. Mas eu parei muitas vezes ao longo da campanha para pensar se valia a pena eu desistir de defender a decência, a justiça, a igualdade, e reafirmo categoricamente: o balanço é que vale a pena. Vale a pena mesmo”, declarou.
Ao ser questionado sobre o que fará após a eleição, ele disse que “o futuro a Deus pertence” e que, se vencer, pretende trocar a sua eventual reeleição pelas reformas que o Brasil precisa ter e que foram jogadas “na lata do lixo em nome de projetos de poder trágicos para o país”.
“E, se eu não vencer, eu quero ajudar a juventude a pensar as coisas sem a suspeição de uma candidatura. Portanto, claro que essas coisas podem mudar, eu quero deixar registrado aqui, mas eu tenho 64 anos, eu dei a minha vida inteira à causa do povo brasileiro […] Talvez seja a hora de eu cuidar da minha vida, dos meus lindos filhos, netos”, complementou o candidato do PDT.
Fonte: Veja | Foto: Keine Andrade/Divulgação