Fuxicos e conspirações em Brasilia
Artigos

Fuxicos e conspirações em Brasilia

Pretenças irregularidades

Autor: Carlos Costa | Foto: Divulgação

Na semana passada o prefeito afirmou numa entrevista concedida à Rádio Mercenária 95,9 que denunciaria o Governo do Estado da Bahia por supostas irregularidades nas contratações de leitos nos hospitais IBR e das Clínicas. Segundo ele, o Estado está pagando diárias a mais por leitos que os hospitais não podem fornecer. A sua crítica se deve também ao fato de que os hospitais possuem poucos respiradores artificiais para atender o número de leitos de UTI. O prefeito desconhece que a ANVISA preconiza a existência de um respirador para cada dois leitos.
Depois de muito vociferar contra o Secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas, inclusive expondo diálogos que trocou com o secretário, numa total falta de ética, Herzem ficou sem palavras ao saber que o contrato com o IBR foi desfeito por causa do não cumprimento do contrato por parte do hospital.
Como o prefeito está como uma barata tonta, nesta segunda-feira ele foi para Brasília, acompanhado pela Secretária de Saúde e mais outros assessores, para uma audiência com o general que está à frente do Ministério da Saúde. A sua missão tem a finalidade de pedir ao general para disponibilizar para Conquista o medicamento hidroxicloroquina. Como esse é um medicamento muito barato, o dinheiro que o prefeito gastará nesta viagem, entre passagens aéreas, táxis, hospedagens e refeições, daria para comprar um grande lote desse medicamento. Não existe nenhum estudo que comprove que a hidroxicloroquina seja eficaz no combate à Covid-19, inclusive, na semana passada a OMS encerrou todos os testes com esse medicamento e continua desaconselhando o seu uso. Mas o prefeito, que sempre está procurando um motivo para enfrentar o Governo da Bahia, quer usar a hidroxicloroquina nos pacientes da Covid aqui em Conquista.
A viagem à Brasília está camuflada, pois, o principal motivo é fazer denúncias contra o Governo do Estado da Bahia. Denúncias? Não! Fuxicos e muitas conspirações! Ele pedirá ao general que envie uma força-tarefa da Polícia Federal para investigar as pretensas irregularidades cometidas pelo Estado nos contratos com hospitais de Conquista. O próprio prefeito externou a sua opinião publicamente que o quê ocorreu com os contratos foi o crime de peculato. O prefeito se esquece que ele também poderá ser alvo de investigações sobre como gastou os mais de quarenta milhões de reais que recebeu para combater o coronavírus. Inclusive, ele poderia muito bem usar um pouco desse dinheiro para comprar a tal cloroquina. O prefeito continua gastando o nosso dinheiro em viagens supérfluas que pouco rendem ao município. Caso quisesse obter o remédio, basta enviar um ofício para o Ministério da Saúde, que tem milhões de caixas do remédio e sem quem queira usá-lo, ou então, bastava fazer um vídeo solicitando a cloroquina e jogá-lo na internet como fez a médica de Porto Seguro. Como disse, Herzem foi à Brasília para fazer intriga, algo que ele sabe fazer como nenhum outro alcaguete e conspirador.