Rui Costa e Margareth Menezes tomam posse em seus ministérios; confira lista de nomeados
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Rui Costa e Margareth Menezes tomam posse em seus ministérios; confira lista de nomeados

Rui Costa e Margareth Menezes tomam posse em seus ministérios; confira lista de nomeados

Por Redação

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Foto: Ricardo Stuckert/ Divulgação

Titulares da Casa Civil e do Ministério da Cultura, o ex-governador Rui Costa (PT) e a cantora Margareth Menezes tomaram posse nos seus cargos no domingo (1). Os dois representam a Bahia no time de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ao todo conta com 37 pastas.

 

Economista formado pela Universidade Federal da Bahia, Rui Costa foi governador da Bahia, eleito em 2014 e reeleito em 2018. Foi secretário de Relações Institucionais no governo de Jaques Wagner.

 

Nascido em Salvador, tem 59 anos. Iniciou sua carreira política no movimento sindical ainda na década de 1980, no Polo Petroquímico de Camaçari. Foi vereador de 2000 a 2007. Três anos depois foi eleito deputado federal, mas licenciou-se para assumir o cargo de secretário da Casa Civil da Bahia, em janeiro de 2012. Durante toda sua trajetória pública, sempre manteve o Partido dos Trabalhadores como sua única legenda.

 

Escolhida por Lula para chefiar a pasta da Cultura, a cantora e compositora nascida em Salvador, Margareth Menezes tem 60 anos e é considerada um ícone do carnaval baiano e a principal representante do afro-pop brasileiro. Em 35 anos de carreira artística, soma 17 obras lança- das, entre LPs, CDs e DVDs, e 23 turnês internacionais por todos os continentes do mundo.

 

A artista fundou, há 18 anos, em Salvador, na Península de Itapagipe – seu bairro de nascimento – a Associação Fábrica Cultural, organização social sem fins lucrativos que desenvolve projetos nos eixos de Cultura, Educação e Sustentabilidade.

 

Conheça os ministros de Lula:

 

Gabinete de Segurança Institucional: general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias

Secretaria-Geral: Márcio Macêdo (PT)

Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil)

Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT)

Educação: Camilo Santana (PT)

Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD)

Esportes: Ana Moser

Transportes: Renan Filho (MDB)

Defesa: José Múcio Monteiro

Casa Civil: Rui Costa (PT)

Justiça: Flávio Dino (PSB)

Fazenda: Fernando Haddad (PT)

Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)

Agricultura: Carlos Fávaro (PSD)

Pesca: André de Paula (PSD)

Gestão: Esther Dweck

Relações Institucionais: Alexandre Padilha (PT)

Cidades: Jader Filho (MDB)

Advocacia-Geral da União: Jorge Messias

Controladoria-Geral da União: Vinícius Marques de Carvalho

Turismo: Daniela Carneiro (União Brasil)

Previdência Social: Carlos Lupi, presidente do PDT

Ciência e Tecnologia: Luciana Santos (PCdoB)

Planejamento: Simone Tebet (MDB)

Saúde: Nísia Trindade

Relações Exteriores: Mauro Vieira

Igualdade Racial: Anielle Franco

Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)

Povos Indígenas: Sônia Guajajara (PSOL)

Mulheres: Cida Gonçalves (PT)

Direitos Humanos: Silvio Almeida

Cultura: Margareth Menezes

Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)

Meio Ambiente e Mudanças Climáticas: Marina Silva (Rede)

Trabalho: Luiz Marinho (PT)

Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT)

Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT)

 

Em primeiro discurso, Haddad fala em reduzir déficit bilionário e diz que “não existe mágica nem malabarismos”

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (2) que o governo “não aceitará” o déficit previsto para a economia brasileira em 2023 e trabalhará para reduzir o impacto negativo nas contas públicas.

 

“Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023”, declarou, segundo o G1.

 

Haddad fez nesta segunda seu primeiro discurso como ministro da Fazenda. Ele e os outros 36 ministros foram empossados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1).

 

O orçamento de 2022, aprovado pelo Congresso Nacional, elevou de R$ 63,7 bilhões para R$ 231,5 bilhões a previsão para o rombo das contas do governo em 2023.

 

O aumento na estimativa de rombo das contas públicas incorpora os efeitos da PEC da transição, que abriu espaço no orçamento para essas despesas por meio da alteração da regra do teto de gastos (que limita a maior parte dos gastos à inflação do ano anterior).

 

A PEC liberou R$ 145 bilhões em despesas dos ministérios no ano que vem, além de mais recursos para investimentos. O déficit orçamentário acontece quando o governo gasta mais do que consegue arrecadar no período. Para custear essa diferença, o Estado se endivida – e os juros dessa dívida corroem o orçamento nos anos seguintes.

 

Além dos efeitos da PEC da transição, Haddad afirmou que o aumento do déficit orçamentário em 2023 também estaria relacionado com medidas eleitoreiras adotadas pela gestão Jair Bolsonaro durante as eleições do ano passado.

 

“Com objetivo exclusivamente eleitoreiro, acabaram com filtros de seleção de beneficiários dos programas de transferência de renda, comprometendo a austeridade desses programas. Recentemente, aliás, confessaram o ato, nos pedindo a retirada de dois milhões e meio de pessoas que eles incluíram indevidamente no cadastro do Bolsa Família”, afirmou.

 

Haddad também fez uma referência ao antigo ocupante da pasta, Paulo Guedes, que concentrava poderes e era chamado de “posto Ipiranga” na Economia. Ele juntou, sob seu comando, os Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Na gestão petista, as pastas foram desmembradas e foi criada, ainda, o Ministério da Gestão.

 

“Éramos o posto Ipiranga, agora somos uma rede de postos. É muito ruim concentrar todos os ovos numa cesta, o que foi feito. Queremos agir colegiadamente”, disse.

 

Durante a coletiva, Fernando Haddad também afirmou que o Ministério da Economia enviará, no primeiro semestre deste ano ao Congresso Nacional, uma proposta de uma Nova Âncora Fiscal.

Atualmente, a principal regra das contas públicas é o teto de gastos, que limita a maior parte das despesas à inflação do ano anterior. Na PEC da transição, há um prazo até agosto de 2023 para que o governo eleito envie uma proposta para uma nova regra, que poderá ser aprovada por maioria simples.

Fonte B.N