VOZES QUE ABAFAM GRITOS
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VOZES QUE ABAFAM GRITOS

Eco ou mordaça sobre a inalienável liberdade das palavras. Verbo popular.
Contudo, no ser, a liberdade é outorga de vida.
Ação que se encontra não somente presa nas cordas vocais, como também, se expressa e manifesta em pulsos neurais. São osmoticamente absorvidos pelo mental, pelo corporal que ressoam e vibram aos quatro ventos. Resistência .
Oxigênio, força propulsora e magnética que acorda o germe-potência velado no corpo social. Emudecido pelo poder daquela gente, que auto se intitulou dona da liberdade de todos. Sonho acordado.
Eterno pesadelo de duas décadas que causa convulsões, desarmonias, descompassos e ritmos no curso social.
Grupos se apossaram da batuta e eram totalmente leigos. Regência desconexa com as notas. Partituras que fazem coro com sentimentos populares.
Grande parte da sociedade do Brasil, que sabe ou que busca nossa história, deve render homenagens aos pequenos e valentes grandes grupos de estudantes, artistas, jornalistas e outras tantas pessoas que se uniram e disseram não! Não aos radicais fora daquelas outras linhas, o raio da inegociável liberdade.
Entre tantos defensores desse atributo, destacamos grupos seletos de ferrenhos e bravos lutadores pela causa.
São eles: letristas, compositores, dialéticos, intérpretes, cantores e metafóricos – filósofos criativos.
Com mensagens tão profundas contidas nas notas musicais elaboradas como pano de fundo que tocou a massa. Mas não a marcha que só tinha passo sem compasso que se perderam no tempo, no percurso e na direção.
O chão de nosso país não vibrou nem reverberou sons com as fortes batidas das botinas. Foram abafadas pelas notas acústicas da nossa total liberdade.
Gratidão a todos os lutadores em prol dos melhores dias da sociedade brasileira. Peito abrasado.
15 de fevereiro de 2025, Vitória da conquista, Ba
Ricardo Gonçalves Farias