Vitória da Conquista registrou 83% de aumento de casos de dengue, zika e chikungunya no ano passado
Conquista e Região Saúde

Vitória da Conquista registrou 83% de aumento de casos de dengue, zika e chikungunya no ano passado

Com a constância das chuvas no município aumentam as chances de surgirem novos criadouros do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, os riscos de casos de dengue, zika e chikungunya. Por isso, o Centro de Controle de Endemias (CCE) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta a população a redobrar os cuidados com água parada.

Para evitar a proliferação dos arbovírus, não se pode deixar caixas e reservatórios de água abertos, baldes expostos ao ar livre que possam acumular água, tampinhas de garrafa, pratinhos de planta, e até a troca constante de água dos comedouros de animais. “É preciso ficar atento, pois qualquer pequeno acúmulo de água já é um ambiente favorável para que o mosquito deposite seus ovos que eclodem em contato com a água e reproduzem o mosquito”, explica Gabriela Andrade, coordenadora do CCE.

Esta semana, o CCE divulgou o boletim das arboviroses com destaque para um aumento de 83,18% nos casos de dengue, zika e chikungunya, em comparação com os números de 2021, quando foram registrados 113 casos confirmados dessas doenças no município, ante 672 casos de 2022, sendo 341 de dengue, 320 de chikungunya e 11 de zika.

Somente em dezembro foram 137 novos casos confirmados de dengue e chikungunya, o que representa um aumento de 25,6% em relação ao mês de novembro. Devido ao longo período de chuvas, que favorece o acúmulo de água e proliferação do mosquito, é esperado um pequeno aumento de casos até o mês de fevereiro.

Ao longo do último ano, o CCE fez 2.896 notificações suspeitas de arboviroses, com 2.024 delas descartadas laboratorialmente, 103 tiverem resultados inconclusivos e 97 aguardam por resultado laboratorial.

“Seguimos o resultado do último LIRAa e os agentes estão em vários bairros que apresentaram índices de infestação maiores e, nesse momento, estamos intensificando ainda mais o trabalho. Graças a ferramenta do drone, que tem nos auxiliado bastante, os agentes estão nos focos, fazendo a vistoria nos lugares que estão com focos do mosquito e nos imóveis vizinhos daquele raio também”, afirma Gabriela Andrade.

Em duas regiões do bairro Cruzeiro, que apresentou índice de infestação de 9,2%, com as imagens aéreas captadas pelo drone foi possível identificar cerca de 60 focos do Aedes aegypti em imóveis, que foram vistoriados e tratados logo em seguida pelos agentes.

Fonte: Da Redação/AScomPMVC | Foto: Divulgação