Pontos, mando de campo e astral do elenco fazem com que duelo contra os argentinos, pela Libertadores, seja o mais importante do ano para o Timão até aqui
Uma derrota colocará o clube alvinegro em maus lençóis na competição continental, principal objetivo corintiano para a temporada, além de acenar uma nova crise de desempenho e resultados no clube, algo que aconteceu há algumas semanas e foi ‘driblado’ com vitórias no Brasileirão.
Confira, portanto, os três principais motivos que justificam o tamanho da importância de um triunfo do Timão sobre os Xeneizes.
A MATEMÁTICA
Basicamente, e poderia ser somente por isso, a matemática da classificação no grupo E é o principal motivo de importância de vitória corintiano no duelo desta noite.
Em dois jogos, todos os times da chave até aqui venceram e perderam um. Portanto, os quatro clubes chegam à terceira rodada com três pontos conquistados.
O Timão é o lanterna porque venceu o Deportivo Cali-COL por 1 a 0, enquanto todas as outras partidas terminaram 2 a 0 para o vencedor – Cali sobre o Boca, e Always Ready-BOL contra o Timão na primeira rodada, e Boca Juniors contra o Always na segunda.
Vencer o Xeneizes nesta terça-feira (26), portanto, significa garantir pelo menos a segunda colocação para o clube alvinegro no fim do ‘primeiro turno’ da fase de grupos da Liberta.
Caso o Timão vença, e Always Ready e Deportivo Cali empatem, no outro jogo da rodada, a equipe do Parque São Jorge assumirá a liderança do grupo com seis pontos, ante quatro de Always e Cali, e três do Boca. Já se houver um vencedor, a primeira e a segunda colocação será definida pelo saldo de gols, critério que até neste momento é de desvantagem corintiana.
O duelo entre bolivianos e colombianos acontece na quinta-feira (28), às 23h, no estádio Hernando Siles, em La Paz.
O FATOR CASA
Não pontuar em casa pode ser fatal para o Corinthians em um grupo tão delicado como o que ele está.
Caso não vença o Boca, o Timão terá que buscar pontos jogando fora de casa nos próximos dois jogos pela Libertadores, contra o Deportivo Cali, na Colômbia, e diante do mesmo Boca Juniors, no La Bombonera.
Até aqui, todos os times do grupo E estão fazendo valer os seus estádios. Em quatro jogos, só ganharam mandantes. Com isso, fugir desse retrospecto pode colocar tudo a perder.
O Corinthians não perde na Neo Química Arena desde o dia 2 de fevereiro, quando foi derrotado pelo Santos, pelo Paulistão, resultado que culminou na demissão do então treinador Sylvinho.
Na ‘Era Vítor Pereira’, no entanto, são quatro jogos na Neo Química Arena, com três vitórias e um empate.
A campanha do Timão em casa na temporada é ótima, mas o Boca, a quem enfrentará como visitante no dia 17 de março, também. Os Xeneizes só perderam um dos oitos jogos que disputou no La Bombonera em 2022.
Ponto fora da curva é o Deportivo Cali, que não vence em casa desde o dia 5 de abril, quando bateu o Boca Juniors, na estreia das equipes pela Libertadores. Desde então, não venceu os outros cinco jogos que disputou, sendo três dele como mandante – duas derrotas e um empate.
O Always Ready, que na Libertadores manda os seus jogos no estádio Hernando Siles, em La Paz, e não em El Alto, onde tem a sua casa, ainda assim tem feito valer o campo de jogo, principalmente por conta dos 3,6 mil metros de altitude da capital boliviana. Na estreia, contra o Corinthians, os Albirojos venceram por 2 a 0, sobrando em campo.
O MORAL DO ELENCO
Bem como a vitória contra o Botafogo, por 3 a 1, no Rio de Janeiro, na estreia pelo Campeonato Brasileiro, foi ótima para recuperar o astral do elenco corintiano, que vivia uma semana de protestos e turbulências, após perder para o Always Ready, na primeira rodada da Libertadores, vencer um clássico continental será importantíssimo para manter os jogadores do Timão nos trilhos, após serem derrotados por 3 a 0 pelo arquirrival Palmeiras, no último fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro.
Ainda mais porque o clube alvinegro perdeu todos os quatro clássicos contra rivais do Estado que tinha no ano, algo que não acontecia há mais de 60 anos.
Além do mais, será uma lição de superação para um elenco que foi acometido com um surto de gripe e não terá o seu treinador, Vítor Pereira, no banco de reservas, já que o comandante corintiano testou positivo para a Covid-19.
Fonte: Lance! | Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians