Ao todo, 15 pessoas tiveram prisões decretadas
Três estudantes de Medicina foram presos em Barreiras, no Oeste da Bahia, sob suspeita de ingressar em uma universidade com documentos falsos. Ao todo, quatro pessoas foram presas – outro suspeito em Goiás – e 15 mandados de prisão foram expedidos, incluindo os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte e o Distrito Federal, na última quinta-feira (17).
Os suspeitos teriam ingressado em diferentes faculdades do Brasil de forma irregular, com documentos falsificados que usavam timbres de outras instituições de ensino do país. O esquema começaria em outros países, com integrantes de uma quadrilha que aliciavam estudantes em faculdades internacionais com a promessa de que conseguiriam concluir o curso no Brasil. Os estudantes disseram que chegaram a pagar valores que iam de R$ 20 mil a R$ 150 mil pelos documentos que possibilitassem o ingresso nas instituições locais.
Na Bahia, os suspeitos que foram presos se tornaram estudantes da Universidade São Francisco de Barreiras (Unifasb), considerada vítima pela polícia. Por vezes, os documentos falsos chegavam a suprimir semestres inteiros – assim, um estudante que tinha cursado apenas até o segundo semestre chegava ao Brasil sendo matriculado no quinto ou sexto período. A polícia identificou que parte desses suspeitos já até fazia atendimentos em hospitais, unidades básicas de saúde e clínicas particulares.
O caso passou a ser investigado depois que a Polícia Civil da Bahia foi notificada pela Polícia Civil de Goiás sobre a suposta atuação de uma quadrilha. Assim, a Operação Hipócrates foi deflagrada na última quinta.
Em nota, a Unifasb informou que após denúncias anteriores sobre estudantes que falsificaram documentação para ingressar na Instituição, realizou auditoria em todos os documentos de ingressantes por meio de transferência. As documentações suspeitas foram direcionadas para os órgãos competentes, que tomaram as medidas necessárias.
A Instituição ressalta que segue, rigorosamente, todas as legislações vigentes e atua em conformidade com as normas e determinações do Ministério da Educação.
Fonte: Correio | Foto: Divulgação