O Ministério dos Direitos Humanos exonerou nesta quinta-feira (19) o secretário da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva, acusado de assédio moral. Ele foi nomeado para o cargo em maio de 2023, pelo então ministro Silvio Almeida, também demitido pelo presidente Lula (PT) em razão das suspeitas de assédio moral e sexual.
Segundo Viera da Silva, ele ficou sabendo das denúncias por meio da imprensa e nega as acusações. “O que posso garantir e garanto a todos: não há uma vírgula do que eu li na imprensa que seja tenha a mínima verdade. Não tem fundamento, nenhuma dessas coisas que li”.
No último dia 9 de setembro, o ministério recebeu uma denúncia anônima de 14 condutas de assédio moral por parte de Vieira da Silva. Os relatos das vítimas foram revelados pelo jornal Brasil de Fato, e a Folha de S.Paulo, que também obteve o documento com as acusações contra o secretário.
Os supostos casos envolvem diversos funcionários do ministério, em sua maioria subordinados a ele e, muitas vezes, os assédios aconteceram contra mulheres, segundo o documento. Há ainda episódios de ameaça de demissão, impedimento de mulheres se pronunciarem em reuniões, tratamento com menosprezo ou gestos de desprezo e críticas quanto à vida privada de servidores.
Esta foi a segunda denúncia interna que o Ministério recebeu de supostos atos de assédio cometido por ele. Na primeira vez, ainda na gestão Silvio Almeida, o caso acabou arquivado por falta de provas
Diante da nova denúncia, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, decidiu reabrir as investigações sobre o caso e, nesta quinta-feira (19), anunciou a demissão.
Fonte: M1 | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil