A relatora da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse, nesta terça-feira (8), que há divergência entre os depoimentos de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Leandro Almada, ex-superintendente da Polícia Federal na Bahia.

Por causa disto, a parlamentar quer uma acareação entre os dois para que expliquem sobre a viagem de 25 de outubro ao estado, próximo ao segundo turno das eleições de 2022.

Torres tem sido acusado de tentar dificultar, via operações policiais, o deslocamento de eleitores do Nordeste no dia 30 de outubro de 2022. Durante o depoimento, Anderson Torres negou qualquer interferência nas operações no Nordeste, dizendo que o motivo da viagem à Bahia foi a visita a uma obra da Polícia Federal, em Salvador.

Eliziane argumentou que Almada, em depoimento à PF, disse que o encontro foi marcado para discutir pontos de votação na Bahia, em especial, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria mais votos. “Leandro Almada afirma categoricamente que o objeto desta reunião não se tratava dessa obra específica na Bahia, mas sobretudo desse levantamento, desse detalhamento acerca desses pontos centrais de votação”, afirmou.

Fonte: Metro1 | Foto: Lula Marques/Agência Brasil