Milhares de famílias inseridas na cafeicultura estão vendo sua vida ganhar outras oportunidades nos últimos dois anos na Bahia. É que a agricultura familiar está produzindo mais café, de forma mais organizada e mais sustentável.

No Sudoeste Baiano, o agricultor Vanderlei Pereira de Abreu e sua família, na Comunidade Rio Bonito, em Ribeirão do Largo, estão focados em melhorar a fertilidade das áreas de produção, seguindo à risca as recomendações do técnico, da adubação ao manejo, aumentando a produtividade das plantas. Agora, a comunidade se prepara para iniciar as práticas agroecológicas orientadas pelo Governo do Estado.

Eles estão entre as 34.937 famílias já alcançadas pela chamada pública ATER Biomas da Bahia em apenas dois anos e meio – metade do tempo de vigência. A chamada investirá, ao todo, R$ R$ 223.618.655,00, aplicados em ações estratégicas para o desenvolvimento do local e conservação dos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica para um total de 35.650 grupos familiares.

A política pública da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), já chegou a 20 territórios onde a cultura do grão queridinho dos brasileiros é presente. Ela leva assistência técnica para as comunidades rurais, garantindo mais conhecimento sobre a produção, tratos culturais, colheita, prevenção a doenças, orientação para acesso a políticas públicas, emissão de Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e muita troca de saberes.

“É muito bom o acompanhamento do técnico. Primeiramente, aprendemos a análise de solo, a curva de nível… Temos café e temos banana e milho, e a gente só tem a aprender e agradecer”, afirma o agricultor. A família de Vanderlei é acompanhada pela Bahiater por meio da Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa da Bahia (CPC-BA).
“A ATER Biomas tem como objetivo promover o desenvolvimento rural sustentável e a produção de alimentos saudáveis nas unidades produtivas familiares nos biomas da Bahia. No caso do café, nossas equipes das entidades contratadas para executar a chamada realizam a assistência técnica de acordo com a realidade de cada família agricultora, seja na produção do tipo conilon ou do tipo arábica, que é mais comum à agricultura familiar no estado, seja no Cerrado, na Caatinga ou na Mata Atlântica”, destaca o titular da Bahiater, Lanns Almeida.

Com os investimentos do ATER Biomas – até agora R$ 5.341.019 executados na cafeicultura –, essas famílias estão ajudando a impulsionar a produção do grão no estado, que se mantém o quarto maior produtor de café do Brasil, de acordo com levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fonte: Ascom/SDR | Foto: André Frutuôso- Ascom/CAR