Prefeitura avalia quantas das famílias que tiveram casas invadidas pelas chuvas precisam de abrigo provisório
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Prefeitura avalia quantas das famílias que tiveram casas invadidas pelas chuvas precisam de abrigo provisório

Cumprindo a determinação da prefeita Sheila Lemos de manter o monitoramento de todos os pontos da cidade que foram atingidos pelos efeitos das chuvas, uma equipe da Defesa Civil Municipal e da Seinfra/Deserg esteve no bairro Campinhos, nesta sexta-feira (21), e verificou que aproximadamente 30 famílias foram afetadas de forma mais drástica, tendo suas casas alagadas. A equipe foi acompanhada do vereador Dinho dos Campinhos, que mora no bairro.

No fim da tarde as famílias receberam a visita de uma equipe multidisciplinar formada por técnicos da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes). Após a vistoria in loco e avaliação de caso a caso, a Prefeitura deverá providenciar que os moradores das casas atingidas sejam transferidas para um abrigo provisório.

Na casa de Zuleide Oliveira Silva, de 53 anos, a água subiu cerca de 40 centímetros em questão de minutos, durante a manhã de hoje. Agindo rápido e com a ajuda de vizinhos, ela conseguiu retirar a geladeira e alguns móveis e roupas, evitando que se perdessem. Mas os prejuízos e transtornos foram inevitáveis. “A cama e o guarda-roupa, está tudo debaixo d’água”, lamentou a moradora.

O montador Fabrício Oliveira, de 27 anos, um dos que ajudaram Zuleide a tentar salvar parte dos móveis e eletrodomésticos, afirma que nunca ouviu falar de um alagamento como o que ocorreu na manhã de hoje. “É a primeira vez que vejo uma coisa dessas. Aqui, chove o ano todo, e isso nunca aconteceu”, contou.

Segundo Fabrício, a noite foi tranquila. Mas, pouco depois do amanhecer, começaram os primeiros relâmpagos e trovões, seguidos de pingos e, finalmente, de uma chuva torrencial. “A água veio de uma vez só e começou a subir”, relembrou. Fabrício conta que o alagamento ocorreu quando a chuva forte já havia cessado – e que o volume de água foi trazido pelo canal de drenagem que, antes de desaguar no bairro, passa pela Lagoa das Bateias.

Os prejuízos não foram tão grandes na casa onde moram familiares do lavrador Edinélio Santos, de 41 anos. “Deu tempo de salvar os móveis”, ele disse, aliviado. O susto, no entanto, foi grande. E ele aguarda pelas providências que a Prefeitura já garantiu que vai tomar. “Espero que possam dar um jeito de a água não voltar a subir desse jeito”, disse Edinélio.

Equipes nas ruas

O engenheiro da Defesa Civil, Gabriel Queiroz, declarou que o canal de drenagem mencionado por Fabrício passa por bairros como Vilas Serranas, Cidade Maravilhosa, Urbis IV, Urbis V, Remanso, entre outros, antes de passar pela Lagoa das Bateias e, em seguida, despejar as águas pluviais no bairro Campinhos.

Segundo Gabriel, o canal foi sobrecarregado pela intensidade da chuva, pois as precipitações que deveriam ter caído sobre a cidade ao longo do mês de março, de forma esparsa, caíram de uma só vez de ontem para hoje. “Nós não tivemos uma precipitação intensa no mês de março. Essa precipitação se acumulou e veio a ocorrer nos últimos dois dias”, informou o engenheiro.

O coordenador do Deserg, Lucas Batista, afirmou que o excesso de água, que deixou submersas várias ruas dos Campinhos, será drenado por máquinas da Prefeitura. “Nossas equipes especializadas estão nas ruas para dar assistência à população e tentar fazer uma drenagem da água numa pressão mais rápida”, garantiu.

Fonte: Da Redação | Foto: Ascom/PMVC