Polícia Militar e instituições parceiras discutem prevenção à violência nos estádios de futebol
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Polícia Militar e instituições parceiras discutem prevenção à violência nos estádios de futebol

A Polícia Militar da Bahia (PMBA), por meio do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), realizou, nesta quarta-feira (8), uma reunião focada na prevenção à violência nos estádios. Durante o encontro, ocorrido no Quartel do Comando Geral da PM, em Salvador, foram discutidas estratégias para prevenir e combater a violência ligada a eventos esportivos, especialmente no contexto do futebol.

“Nós aproveitamos o recesso do futebol e programamos uma série de medidas que nós vamos tomar. A partir deste ano temos a questão do reconhecimento facial, aproximação com as torcidas. Nós fazemos reuniões periodicamente no Bepe, independente de algum tipo de problema”, explicou o tenente-coronel Francisco Menezes, comandante do Bepe.

O trabalho para garantir que os jogos ocorram sem registro de embate entre torcedores tem a parceria de diversos entes. A Federação Bahiana de Futebol (FBF) é uma delas. A instituição é responsável pelos torneios e apoia as ações. “Somos uma entidade que promove a competição e trabalha em conjunto com a Segurança Pública, para que a segurança possa prevalecer dentro dos estádios, seguindo aquilo que foi estabelecido pelo Ministério Público, pela Polícia Militar, para que a alegria possa permanecer dentro dos estádios e o torcedor possa curtir, de maneira segura, uma partida de futebol”, explicou o coordenador de competições da FBF, Sílvio Mendes Júnior.

Essa reunião de alinhamento das ações contou ainda com as participações de representantes dos clubes Bahia e Vitória, das torcidas organizadas Bamor e Os Imbatíveis, além da Arena Fonte Nova, do Ministério Público do Estado (MPE), da Secretaria da Segurança Pública (SSP), da 16ª Vara Criminal – que detém competência exclusiva para processar e julgar as infrações penais da Lei Geral do Esporte, e da Polícia Civil (PC).

Fotos: Thuane Maria/ GOVBA

No encontro foram discutidos assuntos importantes como: aplicação de medidas cautelares de afastamento de torcedores violentos dos estádios, cooperação entre as diversas instituições envolvidas (públicos e privados), prevenção e repressão de incitação à violência através das redes sociais, e obrigatoriedade do reconhecimento facial nos estádios com base na Lei Geral dos Esportes. Ficou definida a colaboração entre diferentes órgãos das forças de segurança e as administrações dos times na montagem de esquemas que tragam o clima de tranquilidade nas praças esportivas. Como proposta, foi sugerida a criação de uma delegacia especializada. Outra sugestão foi a intensificação do policiamento durante os jogos, garantindo que os torcedores possam desfrutar das partidas em um ambiente seguro.

Também foram apresentadas as ações realizadas no ano de 2024, para aperfeiçoar e consolidar essas medidas em 2025. De acordo com o promotor de Justiça, Hugo Cassiano, com a aproximação das instituições, este ano pode ser promissor. “A gente acredita que esse processo cultural das torcidas e também esse processo de aproximação das instituições públicas poderemos, sim, enfrentar melhor as situações de violência e prevenir que esses índices sejam apresentados de forma negativa”, indicou Hugo Cassiano.

A reunião reforçou o compromisso das autoridades em promover um ambiente de respeito e segurança nos estádios, buscando não apenas punições para os atos de violência, mas também a prevenção através da educação e do diálogo com as torcidas organizadas. A expectativa é que, com essas medidas, a Bahia possa se tornar um exemplo de segurança e respeito nas competições esportivas. “Eu vejo um combate, uma atuação muito efetiva e eficiente, sobretudo da Polícia Militar, através do Bepe. Eu acho que reuniões como essa visam o aperfeiçoamento de todas as instituições e a gente vai cambiar nesse sentido. Mas o objetivo principal dessa reunião é a integração mesmo de todas as instituições”, afirmou o juiz titular da 16ª vara criminal, Moacyr Pita Lima.

O uso de tecnologias, como câmeras de monitoramento, e a criação de campanhas educativas para conscientizar torcedores sobre a importância da paz nos eventos esportivos também foram destacados.

Fonte: Anderson Oliveira/Secom/GOVBA | Foto: Thuane Maria/ GOVBA