Pessoas próximas aos três mortos em Barra do Jacuípe supõem mal-entendido: ‘Só tinham ido curtir’
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Pessoas próximas aos três mortos em Barra do Jacuípe supõem mal-entendido: ‘Só tinham ido curtir’

As três mortes na praia de Barra do Jacuípe nesse sábado (29) teriam sido resultado de um mal-entendido. É no que acreditam pessoas próximas às vítimas, o representante comercial Wellington Rocha dos Santos, de 46 anos; o estudante Luis Henrique Santana dos Santos, 23; e o músico Marcus Vinicius Pereira Santos de Jesus, 19. “Ele [Marcus Vinicius] e os familiares nunca foram envolvidos com nada relacionado a facção criminosa”, afirmou um amigo com quem frequentava a igreja.

“Nós não nos víamos muito, pois ele era de outro bairro. Porém sempre estava conosco, na igreja e nos ajuntamentos que a CCB [Congregação Cristã no Brasil] faz. Era muito carismático, e nós ficávamos ‘resenhando’ muito”, complementou o rapaz, que preferiu não se identificar.

Tanto ele como uma familiar ouvida pelo CORREIO dizem não fazer ideia do que pode ter motivado o crime. “Só tinham ido curtir o dia, como qualquer pessoa do bem. Não tinham envolvimento algum com essa ‘raça’. Estamos todos arrasados”, contou a mulher, em anonimato. “Eram educados, trabalhadores e estudantes. Máximo respeito”, descreveu os três, que eram da mesma família.

Relembre o caso

Segundo a Polícia Civil (PC), o trio estava voltando de um passeio de jet ski na praia de Barra do Jacuípe, em Camaçari, região metropolitana de Salvador (RMS), no último sábado, quando foi surpreendido pelos atiradores, que chegaram de motos. O atentado deixou, ainda, duas pessoas feridas.

Luis Henrique era filho de Wellington, que costumava alimentar as redes sociais com fotos empinando moto e andando de jet ski. Horas antes do atentado, o jovem chegou a postar imagens do veículo, uma delas na água. Ele tinha uma página dedicada a manobras de moto, em que, neste domingo (30), foi publicada uma nota lamentando a morte. “Desfalcou nosso time. Vou sentir saudades e pensar em você todos os dias, e, quando a tristeza for insuportável, pensarei em todas as nossas lindas lembranças. Descansa em paz, meu ‘ratão'”, diz a mensagem.

Marcus Vinicius era violinista e trombonista. Primo das outras duas vítimas, ele fazia parte da Congregação Cristã no Brasil (CBB) e participava de eventos como músico em Salvador e no interior da Bahia. Amigos deixaram mensagens lamentando a morte no perfil dele em uma rede social. “Jamais esquecerei você e Kaique indo servir a Deus com alegria nos cultos de jovens”, escreveu um. “Às vezes, ficamos sem saber entender o porquê. Um cara tão bom”, falou outro.

Na sexta-feira (28), véspera do crime, uma operação da Polícia Militar (PM) em Camaçari levou à morte sete suspeitos de envolvimento com tráfico e associação a uma facção. A Polícia Civil não confirma se há relação entre os fatos, mas investiga o caso.

Fonte: Correio24hrs | Foto: Reprodução/Redes sociais