Operação Overclean: A importância do controle interno para evitar fraudes e proteger os recursos públicos
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Operação Overclean: A importância do controle interno para evitar fraudes e proteger os recursos públicos

Nos últimos tempos, temos acompanhado na mídia diversas operações policiais que revelam esquemas de corrupção envolvendo recursos públicos, como a Operação Overclean. Casos como esses nos fazem refletir sobre a importância de mecanismos que possam prevenir e detectar fraudes, evitando prejuízos financeiros e restaurando a confiança da sociedade nas instituições. É aqui que entram o controle interno e a auditoria interna, ferramentas essenciais para garantir uma gestão pública eficiente e transparente.

O controle interno pode ser comparado a uma rede de segurança que protege a administração pública de práticas ilícitas. Ele atua como um conjunto de políticas e procedimentos que asseguram o cumprimento das leis e a correta aplicação dos recursos. Por exemplo, no caso de contratações públicas, um controle eficaz pode identificar, em tempo hábil, inconsistências em contratos, evitar o superfaturamento e impedir a atuação de empresas de fachada, como as usadas na operação citada.

A auditoria interna, por sua vez, funciona como uma lupa, analisando detalhadamente os processos para identificar falhas e propor melhorias. Quando um esquema ilícito já está em curso, os auditores internos são capazes de levantar dados detalhados sobre as irregularidades, permitindo que os gestores adotem medidas corretivas. Além disso, a auditoria também ajuda a prevenir futuros desvios, sugerindo ajustes e fortalecendo os controles existentes.

Mas o impacto desses mecanismos vai além do técnico. A integração entre controle interno e auditoria interna ajuda a criar uma cultura organizacional pautada na ética e na responsabilidade. Quando servidores públicos e gestores sabem que há fiscalização rigorosa, isso reduz os incentivos para práticas ilícitas e promove um ambiente de trabalho mais comprometido com o interesse coletivo.

Para alcançar esses resultados, no entanto, é essencial que haja investimento. Equipes bem treinadas, sistemas modernos e autonomia das áreas responsáveis são fatores determinantes para que o controle interno e a auditoria interna funcionem de maneira eficaz. Esses investimentos não devem ser vistos como despesas, mas como um compromisso com a integridade e a eficiência da gestão pública.

A reflexão que fica é clara: fortalecer o controle interno e a auditoria interna é proteger o futuro das nossas cidades e garantir que os recursos públicos sejam sempre destinados a quem mais precisa.

Autor: Gislan Sampaio