Mulheres Resgatadas de Centro Terapêutico em Planato Sofriam Violência Física, Sexual e Verbal, Revelam Investigações
Justiça Policia

Mulheres Resgatadas de Centro Terapêutico em Planato Sofriam Violência Física, Sexual e Verbal, Revelam Investigações

Na última segunda-feira (18), a Polícia Civil divulgou detalhes chocantes sobre o caso das seis mulheres resgatadas de um centro terapêutico falso em Planalto. Esse caso, que veio à tona graças ao Jornal Conquista, está sendo investigado desde 2020, após uma série de denúncias às autoridades policiais e à Secretaria Municipal de Assistência Social.

As vítimas, seis mulheres no total, foram encontradas em condições deploráveis. Entre elas, havia uma jovem de 18 anos e cinco idosas. Duas das mulheres eram de Mata Verde, no norte de Minas Gerais, uma era de Nova Canaã, outra de Jequié e duas eram de Vitória da Conquista.

O centro terapêutico, sob a responsabilidade de um casal de pastores, oferecia condições sub-humanas de vivência. As mulheres eram trancadas em quartos sem acesso ao banheiro, e penicos foram encontrados nesses cômodos. As camas improvisadas eram beliches feitas com ripas e pregos expostos.

A situação era ainda mais grave: as vítimas sofreram violência física, verbal e sexual. Denúncias anteriores, feitas por duas mulheres no ano passado, relataram casos de violência sexual, além de abuso psicológico e tortura.

Além disso, o centro terapêutico não oferecia tratamento adequado para dependentes químicos. Durante a operação de resgate, a polícia encontrou diversos remédios, incluindo tarjas pretas e estimulantes sexuais. Surpreendentemente, nenhuma das vítimas estava cadastrada no Sistema Único de Saúde (SUS) de Planalto, e ainda não se sabe como os pastores obtiveram esses medicamentos.

Durante a operação, apenas a pastora foi encontrada e ouvida pela polícia, sendo posteriormente liberada. O pastor ainda está foragido. Os familiares das vítimas também foram ouvidos pela delegada de Planalto. A Polícia Civil continua investigando o caso, apurando esse crime hediondo e outras denúncias de violência sexual que chegaram por meio do Ministério Público, CREAS e Polícia Militar

Foto: Reprodução