Missa do Lava-pés dá início ao Tríduo de Páscoa para os católicos
Religião

Missa do Lava-pés dá início ao Tríduo de Páscoa para os católicos

Os católicos deram início à celebração do Tríduo Pascal nesta quinta-feira (6). O ato representa o período que vai da tarde de hoje até o Domingo de Páscoa. Como pede a tradição, o primeiro dia foi encerrado com a Santa Missa da Última Ceia e do Lava-pés, realizada às 18h, na Catedral Basílica de Salvador, no Centro Histórico.

A ceia do Senhor, como também é conhecida a celebração, foi presidida pelo cardeal Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. Ao lado dele estavam o bispo-auxiliar de São Salvador da Bahia, Valter Magno de Carvalho, e o diácono Raimundo Moreno.

Após Dom Sérgio dizer algumas palavras, o rito foi iniciado com uma bênção do diácono Raimundo, que também contou a história do momento vivido por Cristo que deu origem à celebração. O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado pela primeira vez durante a última ceia de Jesus antes de ele ser traído e crucificado.

Dom Sérgio da Rocha falou de serviço e humildade para fiéis (Foto: Ana Lucia Albuquerque/ CORREIO)

 

No momento em que Dom Sérgio fez sua reflexão sobre a data, explicou que, ao lavar os pés dos discípulos, Cristo quis demonstrar seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro da sua mensagem. “Nós somos convidados a colocar o eventual do serviço e ser verdadeiramente servidores”, instruiu o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil.

O rito do lava-pés ocorreu em seguida e foi realizado pelo bispo-auxiliar de São Salvador da Bahia, Valter Magno. No altar, 12 fiéis, simbolizando os 12 apóstolos de Cristo, esperavam o momento sentados em duas fileiras de seis cadeiras. Um de cada vez teve os pés lavados pelo bispo-auxiliar e receberam uma lembrança.

Entre eles, estava o professor Luis Tourinho, 25 anos, que participou do ritual pela primeira vez fora dos bancos da igreja. “[Estar aqui] é buscar um sentido para a vida que não seja simplesmente a busca pela riqueza, poder ou ideologias que são insuficientes para responder às necessidades do coração humano”, afirmou o fiel.

O momento foi encerrado com a oração da comunidade – ministrada por um fiel que presta serviços para a igreja – e a distribuição da hóstia. Há 10 anos, Maria Eugênia, de 64 anos, não deixa de participar da Ceia do Senhor. “É o momento para renovar a nossa humildade e disposição para ser melhor com o outro. Pois quando conseguimos ser bons com o outro, é porque também estamos bem conosco”, disse ela.

Fonte: Correio24hrs | Foto: Ana Lucia Albuquerque/ CORREIO