Uma médica que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Ipiranga, localizado na zona sul de São Paulo, foi detida neste domingo (1) após ser acusada de desacatar policiais militares. A profissional chegou a ser algemada ainda dentro da instituição e colocada em uma viatura.

Segundo relatam testemunhas, ela teria se recusado a informar o estado de saúde de um policial que havia dado entrada na unidade. Ele havia se recusado a fornecer as informações tanto por estar fora de horário de visita além que os dados só poderiam ser informados para alguém da família. Contudo, na versão dada por policiais para o boletim de ocorrência, ela foi acusada de desacato após arremessar um documento de um tenente que estava presente na unidade de saúde.

A Secretaria de Saúde da cidade lamentou o caso e afirmou que prestará todo apoio à médica. “De acordo com a Legislação, o boletim médico só pode ser passado a familiares, responsáveis legais ou por determinação judicial”. Já a Secretaria da Segurança Públic disse que irá apurar a conduta dos policiais. “O caso foi registrado como desacato, ela foi liberada e o registro, encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim)”, afirmou em nota.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) ressaltou que os médicos “prezar pelos seus deveres éticos, de sigilo e confidencialidade, como um dos maiores pilares da profissão — conforme determina o artigo 75 do Código de Ética Médica, que versa sobre o sigilo”.

Fonte: Metro1 | Foto: Reprodução/TV Globo