Maior ídolo do futebol argentino foi velado desde as primeiras horas numa quinta-feira marcada pela emoção e confusão
Autor: GE | Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP
Diego Maradona foi enterrado numa quinta-feira que será lembrada nos livros de história. Velado na Casa Rosada desde as primeiras horas do dia, o corpo do ídolo argentino seguiu até o cemitério Jardin de Bella Vista no fim da tarde, a tempo de a cerimônia acontecer ainda sob a luz do dia.
Mais de um milhão de pessoas estiveram envolvidas em homenagens a Maradona, vítima de uma parada cardiorrespiratória na última quarta. Houve emoção de sobra, mas, também, confusão. Nem todos que se direcionaram à Casa Rosada pela manhã conseguiram se despedir de Dieguito.
Com o desejo da família que a despedida não se estendesse pela noite, a polícia decidiu fechar as filas na Avenida 9 de julho por volta das 14h. Uma multidão que tentava comparecer se revoltou, e a confusão foi iniciada em diversos locais – a fila se estendia por mais de 25 quarteirões. Houve feridos e detidos.
O velório, que chegou a ser postergado para 19h, precisou ser encerrado para o público antes das 16h em virtude do confronto entre policiais e fãs. Apenas familiares e pessoas próximas permaneceram dentro da Casa Rosada até a saída do carro fúnebre. Fora, milhares começaram a despedida aos cantos de “Diego, Diego”.
O trajeto até o cemitério durou um pouco mais de uma hora. Chamou a atenção a enorme quantidade de pessoas que fizeram questão de acompanhar o caixão. No início, nas ruas estreias perto da Casa Rosada, alguns correram. Depois, ciclistas e motociclistas seguiram o carro. No percurso, mais centenas de pessoas, em espalhados pontos da autopista, deram tchau. Houve buzinaço, fogos de artifício.
A cerimônia no cemitério foi acompanhada por cerca de 25 pessoas. Maradona foi enterrado junto aos pais, Diego Maradona e Dalma Salvadora Franco, conhecidos popularmente como “Dom Diego” e “Dona Tota”, que morreram em 2015 e 2011, respectivamente.