Jesus entrou triunfalmente no domingo de ramos aclamado pela multidão na cidade de Jerusalém
Religião

Jesus entrou triunfalmente no domingo de ramos aclamado pela multidão na cidade de Jerusalém

A cidade de Jerusalém conta com diversas universidades, como a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Universidade Al-Quds e o Instituto de Tecnologia de Jerusalém. Os cursos normalmente são oferecidos em hebraico, árabe e inglês. A cidade oferece diversos incentivos financeiros para que estudantes possam alugar apartamentos para morar e frequentar as universidades.

Cultura
Apesar da atratividade religiosa, Jerusalém conta com muitos eventos artísticos. Podemos destacar o Museu de Israel, o Museu Rockefeller e o Museu Islâmico. Há também a presença da Orquestra Sinfônica de Jerusalém e o Centro Internacional de Convenções. A cidade também conta com o Festival de Israel, que apresenta peças de teatro, música e danças, e o Festival de Cinema de Jerusalém.

Religião e o Muro das Lamentações
Jerusalém é considerada uma cidade sagrada por três grandes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo. Para os judeus, a cidade é sagrada por ter sido capital do Reino de Davi. Foi também o local em que o Rei Salomão ergueu o templo para guardar a Arca da Aliança, objeto que continha as tábuas sagradas em que foram escritos os “Dez Mandamentos”. Esse templo foi destruído pelos romanos, restando apenas uma de suas paredes, que hoje é conhecida como o Muro das Lamentações.

Para os muçulmanos, Jerusalém é considerada a cidade onde Maomé ascendeu ao céu. Para os cristãos, a cidade de Jerusalém representa o local onde Jesus realizou muitos milagres e, no local em que Jesus foi sepultado e ressuscitou, foi construída a Igreja do Santo Sepulcro.

Política
No ano de 1949, o primeiro-ministro de Israel proclamou Jerusalém como capital de Israel, tornando-se então sede do governo. Nesse momento, Jerusalém foi repartida entre Israel e Jordânia, e apenas a parte oeste da cidade foi considerada capital de Israel. Ocorreu então um fato marcante na história de Israel, a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Nessa disputa entre árabes e judeus, Israel derrotou o Egito, Jordânia e Síria, anexando então para si diversos territórios, como a Faixa de Gaza (ocupada por palestinos), e as Colinas de Golã, pertencentes à Síria.

A partir dessa guerra, os judeus assumiram o controle de Jerusalém, anexando a parte leste da cidade. Com isso, consideraram a parte oeste e leste de Jerusalém como sua capital, assumindo o status de “completa e unificada”. Esse status tornou-se um problema, visto que a comunidade internacional não reconhece a área anexada como território de Israel.

Em 1980, Israel criou uma lei para anexar oficialmente Jerusalém Oriental ao seu território. A ONU e diversos países consideraram a ação ilegal e, portanto, transferiram suas embaixadas para a cidade de Tel Aviv com a justificativa de que, se mantivessem suas missões diplomáticas em Jerusalém, estariam atestando que de fato a cidade era a capital de Israel, pertencendo então aos judeus. No ano de 2017, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, transferindo a embaixada estadunidense para a cidade.

Confronto entre judeus e palestinos
Desde o século XX, judeus e árabes disputam para reconhecer Jerusalém como capital de Israel ou como capital da Palestina, respectivamente. No início dos anos 20, a região da Palestina estava sob controle do Reino Unido. Apoiados pelos britânicos, os judeus começaram a migrar para Israel. Até 1948, Jerusalém era a capital do Mandato Britânico da Palestina.

Nesse mesmo ano, Israel tornou-se independente, fato que resultou na Primeira Guerra Árabe-Israelense. Com a guerra, houve a divisão de Jerusalém em uma parte ocidental, que estava sob controle de Israel, e uma parte oriental, sob controle da Jordânia.

Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel anexou a parte oriental de Jerusalém ao seu domínio. Esse fato foi considerado ilegal pela comunidade internacional e pela Organização das Nações Unidas, que não reconhecem Jerusalém como a capital de Israel. Desde então os palestinos reivindicam a parte oriental de Jerusalém como sua capital. É válido ressaltar que cerca de um terço da população de Jerusalém é composta por palestinos. Desde então, essa região tem sido palco de conflitos e tensões por disputas territoriais.

Jerusalém é a capital de Israel?
No que tange ao status de Jerusalém como capital, não há um consenso. Por muitas décadas, essa região tem sido disputada e reivindicada por israelenses e palestinos. A comunidade internacional, inclusive os países-membros da ONU, não reconhecem o status de “completa e unificada”, declarado por Israel em 1980, portanto, não há aceitação de que Jerusalém seja a capital de Israel.

Para a comunidade, a cidade deveria ser partilhada, ficando a porção ocidental para os israelenses e a porção oriental para os palestinos. Todas as embaixadas, exceto a estadunidense, situam-se na cidade de Tel Aviv.

Tel Aviv
Tel Aviv é a segunda maior cidade de Israel e é reconhecida por muito como a capital de fato do país, visto que compreende a região em que se encontram as embaixadas dos países, exceto a dos Estados Unidos. É considerada um importante centro econômico de Israel, sendo a capital financeira do país. Foi em Tel Aviv que Israel declarou sua independência no ano de 1948 e passou a organizar o seu governo. Portanto, enquanto não for reconhecido o status de Jerusalém como capital, Tel Aviv é a capital por ser sede provisória do governo de Israel.

Jerusalém foi reconhecida pelos Estados Unidos como capital de Israel
Transferir a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém estava previsto em uma lei aprovada pelo Congresso Estadunidense em 1995. Essa lei incluía adiamento do prazo para transferência a fim de proteger os interesses de Segurança Nacional. Presidentes como Bill Clinton e Barack Obama prorrogaram o máximo que puderam esse prazo. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia também prorrogado o prazo, visto que mudar a embaixada para Jerusalém poderia gerar conflitos e polêmica. Contudo, o prazo da última prorrogação expirou, e Trump decidiu por finalmente fazer a transferência.

Donald Trump afirma que “Israel é uma nação soberana e que tem direito de determinar sua capital”. A transferência foi concluída em 2018 para Jerusalém Ocidental. Países como Guatemala, Paraguai, Brasil, Romênia e República Tcheca propõem fazer o mesmo. Essa transferência é, portanto, um posicionamento desses países a respeito do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Esse fato pode gerar conflitos com os árabes, estremecendo relações.

O Muro das Lamentações é o segundo local mais sagrado para os judeus.

Fonte: Brasil Escola | Foto: Divulgação