Humorista que organizou vaquinha se explica após farsa na doação de R$ 1 milhão de Nego Di
Dia a Dia Justiça

Humorista que organizou vaquinha se explica após farsa na doação de R$ 1 milhão de Nego Di

O humorista Badin, o “colono”, fez um pronunciamento depois que evidências foram divulgadas indicando que o ex-BBB Dílson Alves da Silva Neto, o Nego Di, teria mentido sobre uma doação para ajudar o Rio Grande do Sul, por conta das enchentes no estado. Apesar de divulgar nas redes sociais uma doação de R$ 1 milhão, Nego Di teria apenas feito um pix de R$ 100 para a vaquinha criada por Badin. A informação veio da quebra do sigilo bancário de Nego Di, que foi preso por suspeita de dar golpes com uma falsa loja digital.

Em vídeo publicado na sexta, Badin disse que Nego Di estava ajudando bastante na divulgação da arrecadação e um dia o abordou dizendo que queria doar também. “Durante as enchentes, ele ajudou muito na divulgação e teve um dia que ele me chamou e falou ‘”cara, quero doar 1 milhão pra Vakinha”. Eu falei “maravilhoso, perfeito”. Meu deus, por que eu vou negar uma doação? Falei: “cara, mete bala”, relembrou.

Nego Di teria dito que a doação seria feita por “um pessoal” direto no site Vakinha, mas entraria “em partes”. O comprovante, contudo, apontava uma doação única com o valor total. “Aí ele me mandou aquele comprovante lá e eu postei e agradeci, porque eu tava feliz mesmo, porque ia entrar uma doação de R$ 1 milhão”, contou Badin.

O humorista disse que por conta do volume de doações na campanha, com alguns dias arrecadando mais de R$ 10 milhões, ele não monitorou se o valor que Nego Di disse realmente foi depositado. Ele destacou que toda quantia foi administrada pelo Instituto Vakinha. O valor arrecadado superou os R$ 60 milhões.

O site Vakinha afirmou que não pode comentar o caso, em respeito a leis de proteção e privacidade de dados.

Nego Di teve prisão decretada no domingo pelo crime de estelionato após denúncias de que o ex-BBB participava de um esquema de venda online de produtos que nunca foram entregues a, pelo menos, 370 compradores, incluindo clientes da Bahia. Segundo a investigação da Polícia Civil, foram registradas movimentações financeiras em contas ligadas a ele em 2022 que passavam de R$ 5 milhões.

Fonte: Correio24hrs | Foto: Reprodução