“ENIGMAS DO INCONSCIENTE COLETIVO”
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“ENIGMAS DO INCONSCIENTE COLETIVO”

O renomado psiquiatra Carl Jung introduziu o conceito de “inconsciente coletivo” como a camada mais profunda do subconsciente que não se desenvolve individualmente. Suas teorias psicológicas sustentam que esse fenômeno exerce influência sobre o pensamento e o comportamento humano.

Na psicologia cognitiva, o “inconsciente” é comumente contrastado com o “consciente”, que se refere aos processos mentais dos quais temos consciência, como ideias, sentimentos e experiências. O inconsciente opera abaixo do nível da percepção e não é facilmente acessível à reflexão consciente.

No cenário contemporâneo, podemos fazer uma “Nova Abordagem do Inconsciente”, quando verificamos padrões comportamentais que emergem quando indivíduos se inserem em grupos. O consciente tende a se alinhar aos procedimentos desse conjunto, suprimindo a reflexão individual diante da predominância coletiva. Temos como exemplo, os Conselhos Profissionais, os métodos pedagógicos universitários e todas as congregações e associações de ordem cível, militar, religiosa e política. Quanto mais numerosa esta rede, maior seu poder influente.

Essa sincronicidade entre eventos externos e estados psicológicos internos é evidente. Tentativas de mudar as ideias de uma corporação são prontamente rejeitadas, como se fossem uma afronta pessoal. Esse fenômeno decorre da fragilidade humana e do instinto inato de autopreservação, que nos leva a buscar segurança no ambiente coletivo, além do temor às mudanças, que exigiriam a revisão de conceitos e estruturas profissionais estabelecidas.

No entanto, diante desses comportamentos, a estagnação das ideias entra em conflito com os princípios naturais da evolução. Assim, o universo promove estímulos pessoais de combate que retomam o progresso e o fluxo da vida.

É essencial refletir sobre como evitar essas armadilhas psíquicas e reconhecer que o “inconsciente coletivo” constitui uma área de estudo essencial na psicologia analítica, com profundas implicações na compreensão da mente humana e da cultura em geral.

Relembrando que estas concepções já foram proferidas há mais de 2 mil anos:

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu…” (Mateus 18:18-20)

Mauro Falcão – Escritor brasileiro