Prólogo
Aquela confiança presumida, por meio dos olhos dos nossos sentidos objetivos, em que eram concebidas como verdades. Toda confiança era extraída por aqueles órgãos.
Era notório que a mente primitiva só tinha como guia estes atributos. Seu surreal.
Essa única forma de pensamento se tornou oportuna para toda forma de pedagogos da plebe. Terreno fértil e fácil para demarcar e lançar suas convenientes sementes na jiriza cinzenta e primitiva da plebe.
Havia aceitação e obediência para com seus preceptores, personagens reais e míticos de tempos idos.
Envoltos nos emaranhados de figuras ou de superseres concebidos como guardiões que eram bastante temidos. Não só ajudavam, como também castigavam as supostas faltas e erros dos seus devotados em geral
Crenças ou crendices, um coquetel de personas míticas e antropomórficas do geopoliteísmo dos deuses.
Hoje para muitos observadores, é visto como drama ou teatro. Para a época, essas práticas tinham total importância nos meios.
Descreve-se o papel de algumas das lendárias figuras:
1. Pôncio Pilatos: só ele poderia resolver a denúncia, levantada por alguém, sobre um ser. Mas não o fez. Preferiu lavar as mãos. Fuga do dever. A conveniência ditou a regra.
2. Abrindo caminho para a lei seca e radical do promulgador – Talião apregoava: olho por olho, dente por dente. Cirurgia sem anestesia.
3. Houve grande lamento popular, dada a dureza desta lei. Que só foi quebrada com o martelo cósmico de Tor.
4. Essa tal lei virou pó. Que mexida e virada tornou-se barro. Matéria prima que deu formação corpórea ao gigante Golias. Destemido e valente. Que só foi abatido com a badocada do prodigioso e ungido Davi, arma secreta.
5. O pesado monstro caído por terra. Para ser removido, tiveram que apelar para aquele que carrega o mundo nas costas: Átila, o guincho.
6. O tal pulso forte sugestionou a inspiração do grande e indomável Sanção, a força contida nas mechas de seus cabelos. Que foi descoberta e ceifada pela matreira companheira Dalila, rainha do arém.
7. O mundo dos desejos, local reservado de onde surgiu o filho bastardo e incomum entre dois genitores: pai – terráqueo e o outro – cosmogônico: Zeus. O varão e o guerreiro Hércules que matou o temido Leão de Neméia a mando do rei Eristeu.
Epílogo
Vamos abater a leonina crença que nos deixam tão vulneráveis em relação às investidas programadas daqueles que pregam e dizem que nós só temos que acreditar. O pensar, é com eles. “Para nos poupar”. “Muito bom!”.
Fragmento de ideia
Façamos história. Mas temos que ter bastante cuidado como fazemos parte da história.
Vitória da Conquista – 08 de fevereiro de 2025
Ricardo Gonçalves Farias