As influencers Laylla Cedraz e Adrian Grace, presas ao tentarem fugir das proximidades da Pousada Paraíso Perdido, onde houve o tiroteio que culminou em dois mortos na última segunda-feira (11), foram soltas nesta terça (12) após audiência de custódia.
A audiência aconteceu no Fórum da cidade de Nazaré, a 24 km de Jaguaripe, onde as mulheres foram presas. A informação foi confirmada pelo delegado Rafael Magalhães, que investiga o caso.
Ainda segundo o delegado, a dupla de influencers não é suspeita de nenhum crime. Inicialmente, elas haviam sido presas por que o carro que utilizaram para fugir tinha 1kg de cocaína, de acordo com a Polícia Militar.
Na picape, também foram apreendidos duas pistolas, uma 9mm e outra .45, um veículo Fiat Toro branco, R$202 em espécie, e outros objetos.
Um dos homens mortos eram namorado de Laylla.
Operação policial
Segundo informações do tenente coronel Edmundo Assemany, comandante do 14° Batalhão de Polícia Militar, em Santo Antônio de Jesus, policiais receberam uma denúncia de que haviam homens armados circulando na praia, próximo à pousada. Ao chegarem ao local, eles foram recebidos a tiros.
“Por volta das 16h, foram informados da presença de indivíduos armados, nas imediações da Pousada Paraíso perdido, em Jaguaripe. Fomos recebidos a tiros, houve o revide, eles foram conduzidos ao Hospital de Nazaré, mas não resistiram”, detalhou o coronel, em entrevista à TV Bahia.
As influencers foram levadas para a Delegacia de Santo Antônio de Jesus, onde a ocorrência foi registrada. Em um depoimento preliminar, uma delas afirmou que tinha um relacionamento de muitos anos com um dos homens, e que sabia do envolvimento dele com o crime.
“Depois que nós identificamos os homens no hospital, constatamos que eles eram envolvidos no tráfico de drogas em Feira de Santana, envolvido em várias ocorrências e com dois mandados de prisão em aberto”, explicou Assemany.
Momentos antes da ação policial, Laylla postou uma foto ao lado de Felipe Augusto, com uma declaração de amor. Nos stories, a blogueira também debochou de quem trabalha na segunda-feira. “Segundou para quem estudou”, disse.
Crimes na pousada
Dono da Pousada Paraíso Perdido, o empresário baiano Leandro Troesch morreu com um tiro na cabeça no dia 25 de fevereiro. De acordo com informações da Polícia Militar, Leandro foi encontrado caído e com o ferimento provocado pelo tiro na própria pousada. Eles isolaram o local e acionaram o Departamento de Polícia Técnica para remoção do corpo e realização da perícia.
Acostumado com os holofotes e a vida glamourosa que levava na cidade de Jaguaripe, na região do Recôncavo Baiano, Leandro foi preso em fevereiro do ano passado, ao lado da companheira Shirley da Silva Figueredo. O casal estava na pousada quando foi surpreendido pela polícia e, na época, a defesa lutava pela soltura, alegando prescrição do crime. Eles foram sentenciados pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro contra a uma mulher em Salvador. O crime foi cometido em 2001.
Leandro e Shirley viviam uma vida normal, apesar de terem sido condenados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2010 a 14 e 9 anos de prisão, respectivamente, em regime fechado. Apesar disso, os dois estavam foragidos, mas viviam publicando fotos normalmente nas redes sociais.
Billy, funcionário de Leandro Silva Troesch, foi assassinado a tiros no mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão. A vítima foi encontrada morta no dia 6 de março, no distrito de Camassandi, no mesmo município.
O delegado Rafael Magalhães detalhou que a vítima era amigo e considerado o “braço direito” do empresário Leandro Silva Troesch. Billy chegou a ser ouvido pela polícia após a morte de Leandro, mas seria ouvido mais uma vez no dia 6.
Fonte: Correio24horas | Foto: Reprodução/Redes sociais