Autoridades municipais, estaduais, federais e internacionais participam de visita institucional guiada ao Cidca e ao Complexo de Escuta Protegida
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Autoridades municipais, estaduais, federais e internacionais participam de visita institucional guiada ao Cidca e ao Complexo de Escuta Protegida

Após terem acesso a vídeos e publicações impressas que sistematizam o diagnóstico, fluxo e protocolo de atendimento a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, em Vitória da Conquista, autoridades municipais, estaduais, federais e internacionais puderem ver como tudo se efetivou na implementação da Lei da Escuta Protegida. Recepcionada pela prefeita Sheila Lemos, pelo secretário municipal de Desenvolvimento Social, Michael Farias, e técnicos da Semdes, da Educação e da Saúde, a comitiva conheceu o Complexo de Escuta Protegida e o Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente, na tarde desta terça-feira (12).

Com uma palavra de incentivo, a prefeita Sheila Lemos recepcionou os visitantes. “Se uma cidade do interior da Bahia conseguiu, todas as demais cidades vão conseguir. Para isso é necessário a participação de todos, pois esse é um projeto sistêmico”. Relembrando como foi implantado o Complexo, ela resumiu: “Aqui tudo foi pensado de forma milimétrica, com muito esmero, conforme prevê a lei”.

Ao falar da experiência de Conquista para representante do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Márcia Viana citou exatamente a importância do trabalho em rede. “Sabemos que nem todos os municípios terão condição de ter um Complexo Escuta Protegida ou mesmo um Centro Integrado. Então, o que é muito importante para nós do ministério é ver o quanto esse município conseguiu se organizar e criar uma rede articulada envolvendo vários atores. Isso é um caso de sucesso e que a gente considera muito importante para ser replicado por outros municípios”, declarou a coordenadora de Proteção Social Especial da Secretaria Nacional de Assistência Social.

O caso de sucesso segue para réplica em outros níveis além do municipal. Foi o que confirmou, nesta tarde, o subsecretário estadual de Assistência Social do Espírito Santo, Ted Conti. Ele veio em junho para ver como funcionava a escuta protegida e retornou para o evento de hoje. “Uma semente foi plantada aqui em Vitória da Conquista e nós temos que ver essa semente virar uma árvore e frutificar em todo o Brasil. A nossa intenção é pegar esse projeto de vocês e implementar no Espírito Santo para que nós tenhamos o mesmo sucesso que vocês estão tendo aqui, dando assim mais dignidade, segurança e o amor e carinho que as nossas crianças precisam”, afirmou.

A maior comitiva veio de Jundiaí, trazendo gestores da Assistência e Desenvolvimento Social, da Educação e da Saúde. Segundo Maria Brant, gestora municipal da Assistência e Desenvolvimento Social, Jundiaí já vem há algum tempo fazendo trabalhos voltados à infância. “Então a gente gosta de dizer que Jundiaí é hoje uma cidade das crianças e não poderia deixar de trabalhar a questão da escuta especializada para as crianças vítimas de violência. E a gente já está há algum tempo fazendo essa discussão sobre os protocolos e fluxos da escuta especializada e nada como a gente conhecer uma boa referência para que a gente possa se inspirar”, comentou.

A representante do Unicef, Rosana Vega, que chefia a Área de Proteção de Crianças e Adolescentes Contra as Violências do órgão internacional, disse já conhecer os serviços pelas informações passadas pelos gestores locais e pelo consultor Benedito Rodrigues, e destacou: “O Complexo de Escuta Protegida de Vitória da Conquista realmente reflete e aplica todos os princípios que foram indicados dentro da legislação, particularmente é importante destacar que tem os espaços que são amigáveis para as crianças que são vítimas como os diferentes momentos técnicos onde elas têm que ser preparadas para a entrevista, junto também com todo espaço que implementa a parte tecnológica necessária para essas intervenções. Também posso ver que se respeita muito bem as diferentes entradas da vítima, junto à sua família, com entrada separada e distante da parte defensora do responsável pelo delito”.

Fonte: Da Redação | Foto: PMVC