Âncora da CNN discute ao vivo com Alexandre Garcia sobre eficácia da cloroquina
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Âncora da CNN discute ao vivo com Alexandre Garcia sobre eficácia da cloroquina

Para Rafael Colombo, se remédio funcionasse não haveria 100 mil mortos no Brasil pelo corona

Autor: F5Folha | Foto: Divulgação

Rafael Colombo,42, confrontou Alexandre Garcia em uma discussão ao vivo no Novo Dia, jornal matinal da CNN nesta sexta-feira (7). O motivo do atrito foi a eficácia do uso da cloroquina em pacientes que tenham sido diagnosticados com a Covid-19, fato rebatido pelo âncora do jornalístico e defendido pelo comentarista de 79 anos.

“Se a cloroquina funciona, é barata, e serviu, como você lembrou, na Amazônia para lúpus, malária e outros tipos de doença, por que o mundo teria deixado tanta gente morrer se tem um remédio barato à disposição? A troco de que tanta gente morreria se a cloroquina funciona?”, questionou Colombo.

Ele continuou o discurso questionando se não haveria interesse da indústria farmacêutica envolvido nas campanhas que defendem o uso da cloroquina. “O governo brasileiro comprou mais de quatro milhões de doses e se ela não funcionar vai fazer o que?”, indagou. “Se não funcionar, não existe, pois está funcionando”, respondeu Garcia, sendo rebatido pelo âncora: “Ninguém provou que ela está funcionando, né, Alexandre?”.

Garcia alegou que as pessoas que sobreviveram após serem diagnosticadas com o coronavírus são a prova de que o medicamento funciona. Colombo, então, desabafou: “E os 100 mil que morreram? Eu tive dois amigos que morreram de Covid-19. Eles morreram à toa, então? Porque fica parecendo que gastando R$ 20 na farmácia eles poderiam estar aqui, vivos, comigo, agora. E não é assim”. Alexandre, então, emendou: “Certamente não morreram à toa. Eu perguntei se eles usaram hidroxicloroquina prematuramente”.

“Eu não tenho esse detalhe a respeito do tratamento deles. Não tenho a menor dúvida de que se a cloroquina funcionasse não teriam 100 mil mortos. O Brasil não seria hoje o terceiro país com o maior volume de mortos no mundo, seria só ir à farmácia do outro lado da rua e comprar a caixinha de remédio. Eu faço questão de fazer esse posicionamento, porque depois há uma mistura nas redes sociais a respeito da minha opinião e da opinião do Alexandre”, ponderou o apresentador.

Colombo finalizou ressaltando a consideração que tem por Gacia, mas relembrando aqueles que morreram devido a Covid-19. “Tenho todo respeito pela carreira e pela história do Alexandre, mas me sinto no direito e no dever de fazer esse posicionamento, porque eu também perdi gente muito próxima por causa dessa doença, e fica parecendo que elas não quiseram gastar R$ 20 para tomar cloroquina”, encerrou o âncora.

Uma das últimas postagens de Colombo no Instagram se refere justamente a um amigo que morreu por ter sido infectado pelo corona, o jornalista José Paulo de Andrade. “Na nossa última troca de mensagens, uma noite antes da sua internação, mais uma vez me deu conselhos, mandou beijos pra Marcela e Sofia, e disse que sentia minha falta, mas ao mesmo tempo tinha orgulho de ver o “filho profissional” voar. […]. Voltar pra casa hoje ouvindo “O Pulo” sabendo que não nos veremos mais foi um rasgo no meu peito. Mas eu o carregarei pra sempre em mim. Vá em paz”, diz trecho da postagem feita dia 17 de julho.