Lua de mel da natureza. Deleite nupcial.
Assistido por botões, corais e flores.
Guardiões dos frutos do por vir.
Herdeiros autênticos do amanhã.
Eclodidos das encouraçadas sementes germinantes.
Cumpre o seu papel crescendo, erguendo-se, fazendo o caminho de volta.
Não deixando o néctar que produz o mel.
Manutenção energética para jardins primaveris.
Palco suspenso por autotroncos e galhos espalhados na vastidão da campestre flora.
Mostrando-se, deixando entrever, aos vislumbres, as belezas espaciais.
Sem mensurar o exalar de seus inebriantes perfumes.
Refrigério a nossa alma e o colorido colírio para nossos olhos.
Primavera, estação pendular que vai e que volta.
Não deixa para trás sentimentos e olhos fechados e fatigados pelos coloridos das ilusões.
Um brinde à natureza e ao nosso autodegustar.
30 de setembro de 2024, Vitória da Conquista – BA
Ricardo Gonçalves Farias