Ciro Daniel Amorim Ferreira, natural de Belo Horizonte, é o primeiro brasileiro a integrar a lista de “Terroristas Globais Especialmente Designados” dos Estados Unidos. Ele é um dos líderes do grupo “Terrorgram”, uma rede extremista que utiliza o Telegram para promover ideologias supremacistas brancas e recrutar jovens para ações violentas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais, Ciro possui antecedentes criminais, com passagens por furto, lesão corporal e cárcere privado, sendo preso em 2015 e 2016.

O “Terrorgram” é conhecido por incitar ataques e fornecer materiais instrucionais sobre táticas violentas, com foco em ataques a infraestruturas críticas e funcionários públicos. O Departamento de Justiça dos EUA afirma que o grupo tem como objetivo a promoção de uma guerra racial e contra minorias. Recentemente, foi apontado que o atirador responsável por um ataque em uma escola em Nashville fazia parte do “Terrorgram”.

O grupo “Terrorgram” está relacionado a outros incidentes, como o tiroteio em um bar LGBTQI+ na Eslováquia e ataques planejados contra instalações de energia nos EUA. Com a inclusão de Ciro e outros líderes no grupo, suas propriedades foram bloqueadas e eles estão proibidos de acessar o sistema financeiro norte-americano, como parte das sanções. As autoridades dos EUA indicam que essa ação visa apoiar investigações e fortalecer a aplicação da lei.

Além disso, a organização Stop Hate Brasil divulgou um relatório que investiga o crescimento de grupos de ódio nas redes sociais, incluindo bandas brasileiras de “nazi black metal”, que também fazem parte do movimento. Estas bandas, responsáveis por músicas e mensagens extremistas, têm crescido significativamente nos últimos anos, especialmente em estados como Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Fonte: Metro1 | Foto: Arquivo/Agência Brasil