Na manhã desta terça-feira, 21 de janeiro de 2025, Arilton Bastos Alves, motorista da carreta envolvida no acidente que resultou na morte de várias pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, foi detido no Espírito Santo. O exame toxicológico, realizado em dezembro de 2024, detectou a presença de várias substâncias ilícitas no organismo do condutor.
De acordo com o laudo, Alves havia consumido cocaína, ecstasy, MDA, alprazolam e venlafaxina, além de álcool etílico. A Justiça determinou a prisão preventiva do motorista após concluir que ele assumiu o risco de causar o acidente ao conduzir o veículo sob influência de drogas e álcool.
O acidente, que ocorreu na madrugada do mês de dezembro de 2024, envolveu um ônibus de viagem e um carro, além da carreta conduzida por Alves. Testemunhas relataram que um bloco de granito, transportado pela carreta, se soltou e atingiu o ônibus da empresa Emtram, resultando na tragédia. O motorista fugiu do local do acidente mas se apresentou à polícia dias depois, sendo liberado na ocasião.
Além do uso de substâncias entorpecentes, outros fatores também contribuíram para a decisão judicial, como o excesso de velocidade, a sobrecarga da carreta e a negligência na verificação da amarração da carga. O veículo trafegava em uma via com limite de velocidade, e o peso da carga excedia a capacidade máxima do reboque.
O juiz Danilo de Mello Ferraz destacou a “deliberada assunção de risco” por parte do motorista e ordenou sua prisão preventiva. Este acidente é considerado uma das maiores tragédias em rodovias federais desde 2007, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação