Singelo ponto comercial
Sem placa de identificação
Paredes sem prateleiras
Uma rústica tábua sem balcão
Havia pequeno estoque
Com um pouquinho de tudo
A pinga como carro chefe
O alambique era o fundo
Chamada por vários nomes
Até hoje se emprega
É bastante popular
Como quitanda, boteco, bodega
Seu local e endereço
Encontra-se em qualquer lugar
A beira de estradas e vielas
Onde todos passam lá
A procura não é fácil
Na busca das encomendas
Saiba que mesmo no mato
Todo caminho sai na venda
Facilitava para os ribeirinhos
Adquirirem açúcar, sal e o Querogás
Também para tomarem os goles
E conversar com outros rapazes
O dono do boteco é conhecido
Por toda região
Que sempre no final da feira
Os pau-d’água amoitam no pé do balcão
Quitanda também é cultura
Ambiente onde se pode conversar
A língua fica solta
E os causos irão rolar
A bodega também é terapia
Tanto acalma, como esquenta
Dependendo da mardita dose
O paciente VIP pode sair curado
16/08/2024, Vitória da Conquista/Ba
Ricardo Gonçalves Farias