Investigadoras, escrivães, delegadas, e peritas técnicas da Polícia Civil prestaram homenagem à Patrícia Aires, delegada que foi vítima de feminicídio no último domingo (11). A moção ocorreu durante o seminário “Policiais Seguras: Enfrentamento e o Combate ao Assédio Moral e Sexual no Ambiente da Polícia Civil da Bahia”, realizado nesta quinta-feira (15), sob organização do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), nesta quinta-feira (15), na sede do Depom, em Itapuã.
No evento, as participantes prestaram 1 minuto de silêncio em respeito à Patrícia e também levaram flores em homenagem à delegada. A mesa do seminário foi composta por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública (DPE), Procuradoria Geral (PGE), Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Estaduais (Planserv), Departamento Médico da Polícia Civil (Demep), e a Ordem dos Advogados (OAB).
A investigadora e vice-presidente do Sindpoc, Ana Carla Souza, relatou que, segundo ela, é recorrente o sindicato receber servidoras vítimas de assédio na Polícia Civil. “Quantas Patrícias e quantas Rafaelas vamos continuar tendo que pedir minuto de silêncio? Infelizmente, o assédio cresceu muito nas unidades. O assédio adoece e mata”, lamentou a vice-presidente.
Em relação ao seminário debatido, a vice-presidente da OAB-BA, Christiane Gurgel, afirmou que os casos de assédio dentro do serviço público ocorrem com frequência e exigiu o combate para que não ocorram novos episódios.
“Os casos de assédio são diários e geram sofrimento intenso às vítimas. Não é fácil uma servidora pública passar por uma situação de assédio porque ela não pode abrir mão da vaga que conseguiu através de muita luta e dedicação”, disse Gurgel.
Fonte: BNoticias | Foto: Reprodução