É prata no salto: Rebeca Andrade conquista a terceira medalha em Paris; Biles fica com o ouro
Esporte e lazer

É prata no salto: Rebeca Andrade conquista a terceira medalha em Paris; Biles fica com o ouro

Não bastou para Rebeca Andrade ter alcançado a marca de ginasta mais condecorada do Brasil na história. Aos 25 anos, a atleta acaba de conquistar sua segunda medalha de prata em Paris na modalidade salto, que se soma a medalha de bronze por equipes.

O ouro ficou com a ginasta norte-americana Simone Biles, durante a final que aconteceu na manhã deste sábado (3), na Arena Bercy. As duas se consagram rainhas da ginástica com as maiores notas do jurados, dividindo o pódio com a norte-americana Jade Carey, que levou a medalha de bronze.

De collant branco e azul, Rebeca foi a sexta a se apresentar logo após a canadense Elsabeth Black. A brasileira pulou com tudo. No primeiro salto naquele que é o seu principal aparelho, o Cheng lhe deu uma nota maior do que a de Simone, com 15.100 contra 14.900. O segundo salto de Rebeca foi um Amanar, que valeu 14.833, terminando com a média 14.966.

Ao todo, Rebeca agora tem cinco medalhas olímpica em mundiais, se igualando os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt. Campeã em Tóquio 2020, Rebeca disse que está muito orgulhosa em trazer mais uma medalha e fazer história para o Brasil nos Jogos Olímpicos da França-2024.

Rebeca ainda se tornou a primeira brasileira a avançar a cinco finais, superando as três finais de Jade Barbosa (Pequim 2008) e ela mesma em Tóquio. Outro recorde com a prata do salto em Paris foi repetir o feito do canoísta Isaquias Queiroz, que trouxe para Brasil três medalhas numa mesma Olimpíada (Rio 2016).

Já Biles, aos 27 anos, saiu consagrada com o seu salto de altíssimo grau de dificuldade e desafiando qualquer gravidade, o Biles II. O salto que só ela consegue fazer rendeu uma apresentação com nota de 15.700. Biles levou o ouro com uma média de 15.300. Com o ouro no salto, o fenômeno Simone Biles acaba de quebrar mais um recorde: há mais de 50 anos uma ginasta não conquistava o bicampeonato no aparelho. Biles foi ouro também na Rio 2016. Biles se igualou a tcheca Vera Caslavska, ouro em Tóquio 1964 e na Cidade do México 1968.

Biles e Rebeca voltam a se apresentar na segunda-feira (05), na final da trave, às 7h30 . A brasileira Julia Soares também vem em busca de uma medalha. Rebeca e Biles se reencontram ainda, na final solo, às 9h20.

Os saltos de Rebeca

Rebeca abriu a série com o Cheng, que tem grau de dificuldade 5,4 e se tornou seu salto principal. Com entrada de rodante, uma meia volta na primeira fase do voo e uma pirueta e meia na segunda fase, foi também uma opção de Simone Biles na final.

O segundo salto da ginasta brasileira foi o Amanar. Com valor de 5,4 pontos de dificuldade, foi o mesmo salto que ela executou na final em Tóquio, nas últimas Olimpíadas. Ela entra de rodante tocando o aparelho de costas, com duas piruetas e meia na segunda fase do voo.

Havia, inclusive, toda uma expectativa para que Rebeca acrescentasse a série o Andrade, salto inédito que a atleta pretende batizar em seu nome, o que não aconteceu. Yurchenko com tripla pirueta tem um valor de dificuldade de 6,0 pontos.

As notas da Final no salto

Simone Biles (EUA) – 15.300

Rebeca Andrade (Brasil) – 14.966

Jade Carey (EUA) – 14.466

As cinco medalhas Olímpicas de Rebeca Andrade até aqui

Ouro no salto em Tóquio 2020

Prata no individual geral em Tóquio 2020

Prata no individual geral em Paris 2024

Prata no salto em Paris 2024

Bronze por equipes em Paris 2024

Fonte: Correio24hrs | Foto: Ricardo Bufolin/CBG