Um equipamento eletrônico do Porsche dirigido por Fernando Sastre de Andrade Filho mostra que o veículo trafegava a 136 Km/h no momento em que colidiu contra um Sandero, provocando a morte de um motorista por aplicativo em 31 de março, na zona leste de São Paulo.
A informação consta de um laudo técnico auxiliar produzido com dados extraídos do veículo em 2 de maio e fornecidos pela própria Porsche. “Cabe ressaltar que a velocidade obtida por meio da leitura do módulo pela Porsche foi de 136 Km/h, cujo resultado é condizente com a estimativa obtida pelo Núcleo de Apoio Logístico”, diz a análise feita pela perícia.
A velocidade máxima permitida na Avenida Salim Farah Maluf, onde ocorreu a colisão, é de 50 Km/h. Laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil divulgado em 23 de abril já estimava que o carro do empresário, um Porsche 911 Carrera GTS, estava em alta velocidade, a 156 Km/h. A batida resultou na morte de Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
Para chegar à velocidade no momento da colisão, o suporte técnico da empresa fez a leitura da unidade eletrônica do PSM (Porsche Stability Management), que é um sistema de controle de estabilidade da marca alemã. O PSM assume o comando de uma série de dispositivos do veículo em situações como a derrapagem ou a retirada abrupta do pé no acelerador.
O exame do módulo do veículo foi realizado em um pátio da fabricante, na presença de um especialista do suporte técnico da Porsche, além da perita criminal e de peritos do Núcleo de Acidentes de Trânsito.
A perícia buscava saber também qual a velocidade do veículo minutos antes e nos 30 dias anteriores à colisão, mas não foi possível obter esses dados. Isso porque, segundo o suporte técnico, os carros da Porsche não têm equipamento para rastreamento ou datalogger instalados. O carro foi vendido em 14 de fevereiro e estava com 587 Km rodados.
Fonte: Metropoles | Foto: Divulgação/Polícia Civil