O sargento Yuri Luiz Desiderati Ribeiro, lotado no 21º BPM (São João de Meriti), foi preso em flagrante nesta segunda-feira por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). O policial foi detido quando transportava cem quilos de drogas. Ribeiro foi abordado ao passar pela Avenida Brasil, na altura da Rodovia Washington Luiz. Segundo informações iniciais, o material entorpecente teria vindo da Penha, na Zona Norte do Rio. A prisão foi feita em meio à megaoperação das polícias Militar e Civil nas comunidades da Maré, Cidade de Deus e na Vila Cruzeiro. Segundo a Polícia Civil, Ribeiro já vinha sendo monitorado.
Em entrevista coletiva, Torres afirmou que as drogas pertenceriam ao bando do traficante conhecido como Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, foram apreendidos na manhã desta segunda-feira. Em nota, a Polícia Militar confirmou a prisão do agente e afirmou que equipes da Corregedoria Geral da Corporação acompanham o caso.
O balanço divulgado pelo governo do Estado sobre a megaoperação que envolveu, ao menos, mil homens das polícias militar e civil aponta que seis mandados de prisão foram cumpridos e outros três pessoas foram presas em flagrante, dentre elas o agente. A estimativa é de que o prejuízo total imposto aos criminosos nessa primeira fase de ações tenha sido da ordem de R$ 15 milhões.
Também houve apreensão de mais de meia tonelada de maconha, além de drogas sintéticas. Dezesseis veículos roubados foram recuperados. Nas imediações da escola municipal Marielle Franco, na Maré, foi apreendido um fuzil 762 apreendido. A polícia informou ainda terem sido apreendidos dezenas de carregadores e explosivos, além de centenas de munições de diversos calibres.
No início da tarde desta última segunda-feira (10), uma coletiva de imprensa foi concedida no Centro Integrado de Comando e Controle. Após a divulgação do balanço parcial da operação, que ainda está em andamento, o secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, definiu a ação desta segunda-feira como “extremamente exitosa”.
— O resultado de R$ 15 milhões em prejuízo é um grande indicador de que a operação foi boa. Mais que (o número de presos), o importante é mexer no bolso, seguir o dinheiro — disse José Renato Torres, secretário de Polícia Civil.
Fonte: O Globo | Foto: Reprodução