Rodrigo Aparecido Marques foi detido durante uma abordagem na zona leste, na qual foram encontrados 22 tabletes da droga
O motorista de aplicativo Rodrigo Aparecido Marques foi preso no último domingo (2) após a Polícia Militar de São Paulo encontrar cerca de 15 kg de maconha no porta-malas do carro que ele dirigia. A família do detido, porém, afirma que as drogas eram do passageiro.
Rodrigo recebeu um pedido de corrida no Brás com destino à Guaianases. Antes de entrar no carro, o passageiro teria pedido para colocar uma caixa no porta-malas, o que foi atendido pelo motorista.
A viagem decorreu normalmente até a Avenida Rangel Pestana, momento no qual o passageiro ficou nervoso ao ver uma viatura da Polícia Militar que circulava no sentido contrário.
Logo em seguida, o carro que Rodrigo dirigia foi abordado pela PM. Um dos policiais, que inspecionava o carro, encontrou a caixa no porta-malas com 22 tabletes de maconha.
Segundo a apuração da Agência Record, o passageiro admitiu que a droga era dele, que havia solicitado uma corrida para levar a maconha e que não conhecia Rodrigo. Mesmo com o relato do cliente, o motorista também foi preso em flagrante e conduzido ao 8º DP (Brás).
Já na delegacia, o passageiro se manteve calado e não repetiu a versão que teria sido apresentada aos policiais militares no momento da abordagem.
Rodrigo e o passageiro passaram pela audiência de custódia na última segunda-feira (3), na qual o cliente admitiu que as drogas eram dele. Apesar da confissão, a juíza Helena Furtado de Albuquerque questionou Rodrigo por não sentir o cheiro da droga e homologou a prisão de ambos.
Aos familiares de Rodrigo, a Polícia Militar explicou que há cerca de 20 dias o carro do motorista de aplicativo era utilizado para o transporte de drogas. No entanto, nenhum mandado de prisão ou busca e apreensão foi expedido neste período.
A esposa de Rodrigo afirma que o marido “não tem antecedentes criminais e sempre trabalhou”. A mulher também acredita que o motorista foi detido por ser um homem negro.
A Agência Record procurou a SSP (Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo) e o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), mas não recebeu retorno sobre o caso.
O R7 entrou em contato com as assessorias dos aplicativos de mobilidade 99 e Uber, mas também não obteve respostas.
Fonte: R7 | Foto: DIVULGAÇÃO/ARQUIVO PESSOAL