Jacobina: 11 mil alunos ficam sem aulas após intoxicação alimentar de professores
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Jacobina: 11 mil alunos ficam sem aulas após intoxicação alimentar de professores

Após o adiamento da volta às aulas em decorrência da intoxicação alimentar de 110 professores da rede municipal de Jacobina, a Prefeitura do Município afirmou que espera anunciar, até o fim desta semana, uma nova data para o retorno dos alunos às salas de aula, antes previsto para a última segunda-feira (6). Com a mudança, cerca de 11 mil alunos tiveram impacto no calendário escolar.

Segundo a prefeitura, haverá reposição dos dias de aula perdidos, embora ainda não haja um novo calendário formulado. A previsão é de que até a próxima semana um novo planejamento seja definido.

Quanto ao estado de saúde dos professores, a gestão municipal não soube informar precisamente quantos deles ainda estão hospitalizados, mas garantiu que a grande maioria já está se recuperando em casa após o risco que correram. Na ocasião, 400 pessoas que estiveram na Jornada Pedagógica 2023, realizada pela Prefeitura Municipal, na última terça-feira (31), precisaram recorrer ao atendimento médico depois de passarem mal com sintomas de intoxicação alimentar causada pelo almoço servido no evento.

A professora Taciane Ferreira, que chegou a ser internada e diagnosticada com infecção grave, disse que ainda sofre com os vestígios da intoxicação. “Estou me recuperando aos poucos, voltando com alimentação branda. A diarreia e o vômito passaram, [mas] estou sentindo dores na lombar, na barriga e na região pélvica. Meu corpo ainda [está] bem debilitado e sem energia”, relata.

Taciane buscou atendimento médico em um hospital particular; UPA estava lotada (Fotos: Acervo Pessoal)

 

Já a professora Valmeire Andrade conta que muitos dos colegas que estiveram no evento têm sofridos recaídas constantes nos últimos oito dias. “Quando achamos que está tudo bem, vem uma crise. Tenho uma colega mesmo que hoje me disse que ainda está com diarreia. Uma amiga que está grávida de três meses também pegou intoxicação e foi difícil para ela, uma vez que não pôde tomar medicação”, lamenta.

A amiga em questão também é professora da rede municipal, mas preferiu não se identificar. Ela reclamou da falta de assistência da prefeitura aos professores e afirmou que precisou recorrer a remédios caseiros para sobreviver. Ainda assim, a professora gastou R$600 reais só com atendimento médico.

As amostras da comida, enviadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) após a prefeitura acionar a Vigilância Sanitária, não determinaram, até esta terça-feira (7), a causa da intoxicação.

Relembre o caso

Centenas de pessoas, incluindo 110 professores, passaram mal com sintomas de intoxicação alimentar, em Jacobina, no centro-norte baiano, após um almoço servido durante a Jornada Pedagógica 2023, realizada pela Prefeitura Municipal, na última terça-feira (31). Ao todo, segundo a gestão municipal, 400 pessoas que estiveram no evento precisaram de atendimento médico.

O restaurante foi interditado durante a visita da Vigilância Sanitária, conforme informações da prefeitura. A Secretarias de Educação e Saúde orientaram os profissionais da rede municipal de ensino que participaram da Jornada Pedagógica e apresentaram sintomas gastrointestinais a procurar o Posto de Saúde da Família (PSF), no bairro da Matriz, a partir desta segunda (6), onde há uma equipe de médicos e enfermeiros destinada a atender esses casos.

Fonte: Correio24hrs | Foto: Reprodução/TV Bahi