A homenagem à Santa Dulce dos Pobres foi feita pela escola Unidos da Ponte. Com o enredo Santa Dulce dos Pobres – O Anjo Bom da Bahia, o desfile mostrou a história da freira que virou santa de forma simples, mas satisfatória. A escola busca acesso ao grupo especial.
“Uma santa dos pobres, dos enfermos. Dialogava com as classes mais baixas da sociedade e não fazia distinção. Seu modo e o seu jeito de ser transcenderam a Bahia”, disse o carnavalesco Rodrigo Marques ao g1.
Já a escola Unidos do Porto da Pedra, adentrou a avenida levando a força da escritora e yalorixá Mãe Stella de Oxóssi. Mulher, negra e candomblecista, Mãe Stella lutou pelo respeito ao candomblé. Ela morreu aos 93 anos, em 2018, em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano.
A carnavalesca Annik Salmon destacou que esse é o primeiro enredo afro da Porto da Pedra. E contar a história de Mãe Stella surgiu naturalmente.
“Foi uma escolha que veio como magia, como é esse enredo. Uma das coisas muito importantes do candomblé é a oralidade, esse conhecimento é passado dos mais antigos para os mais novos. E ela vê que isso é importante. mas ela falou: é preciso registrar. Tem uma frase dela que deu o norte do meu enredo: ‘o que não se registra, o tempo leva'”, disse Annik.
A escola Acadêmicos do Cubango desfilou a herança quilombola, cantando a história da atriz Chica Xavier. O enredo Amor Preto Cura foi desenvolvido pelo carnavalesco João Vitor Araujo.
Fonte: Correio24hrs | Foto: Reprodução/Juliana Dias/SRzd