Um homem que fortaleceu a democracia da política baiana. Católico, caridoso e muito correto .Hoje o jornal Impacto perdeu um dos maiores incentivadores da história jornalística de Vitória da Conquista .
Hélio Ribeiro Santos, ex-prefeito de Vitória da Conquista faleceu na tarde deste domingo (27) aos 86 anos. Hélio estava no Hospital SAMUR, onde passou por intervenções cardíacas e se recuperava na Unidade de Terapia Intensiva.
Hélio Ribeiro Santos filho do comerciante Waldomiro Almeida Santos e Alayde Ribeiro Santos. Nascido no Distrito do Japomirim, hoje pertencente ao Município de Itagibá, Centro Sul da Bahia, mas naquela época pertencia a Boa Nova, situado à margem do Rio de Contas em frente a Ipiaú. Nasceu na fazenda de seu pai no dia 21 de dezembro de 1935. Aos 4 anos já estava morando em Jequié. Foi casado com a saudosa Sônia Barreto Ribeiro Santos. Aposentado do Banco do Brasil, onde trabalhou entre 1955 a 1976, sendo adido da Ceplac [Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira] entre fevereiro de 1962 e abril de 1968, em Itabuna. Em Vitória da Conquista, além de comerciante [sócio da Waldomiro Almeida & Cia Ltda], diretor da LAVISA (Laticínio Vitória da Conquista S.A) e cafeicultor em Barra do Choça. Desenvolveu várias atividades sociais, com destaque para o Movimento de Cursilhos de Cristandade.
Ingressou na política a convite de Dilson Ribeiro de Oliveira (também de família tradicional de Jequié) que, a pedido de Pedral, o convidou para ser seu candidato a vice nas eleições de 1982, enfrentando Sebastião Castro (também do MDB e apoiado por Jadiel), Margarida Oliveira (do PDS de Antônio Carlos Magalhães) e Ruy Medeiros (do PT recém-criado por Lula e seus companheiros). Pedral escolheu bem seu vice, pois trazia para junto de si uma liderança fora dos quadros do MDB que agregava votos de dois importantes segmentos da sociedade: da Igreja Católica (pois ele era integrante do Movimento de Cursilhos) e do Comércio (pois era participante da Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista e do Clube de Diretores Lojistas). Hélio aceitou na condição de participar também da gestão, inclusive mantendo um gabinete na Prefeitura. Pedral concordou e afirmou que lhe delegaria a supervisão da área financeira, não se limitando, portanto, à expectativa de possíveis substituições do Titular (por diversas vezes, em viagens rápidas de Pedral, cumpriu a substituição mantendo o ritmo das atividades administrativas).
Depois, quando Pedral foi coordenar a campanha vitoriosa de Waldir Pires para Governador da Bahia em 1986 e, em seguida, quando o mesmo Pedral foi assumir a pasta da Secretaria dos Transportes do Estado, é que Hélio Ribeiro assumiu, primeiro por cinco meses, depois, já como prefeito, por um período de um ano e cinco meses. Na sua administração, além de dar continuidade às obras programadas por Pedral [Hospital Municipal Esaú Matos, Feira Coberta do Bairro Brasil, Biblioteca Municipal José de Sá Nunes, macro-drenagem dos Bairros Jurema e Recreio], Hélio moveu gestões junto ao Governador do Estado Waldir Pires e ao Ministro da Educação Carlos Santana no sentido de implantar o Hospital de Base e o Cefet nesta cidade, doando os terrenos para a edificação desses equipamentos. Mas, a maior marca da gestão Hélio Ribeiro foi, certamente, com relação ao funcionalismo público municipal. Oriundo do Banco do Brasil, onde existia uma carreira de progressão funcional de acordo com o tempo de serviço e merecimento, adotou este mesmo critério para os funcionários administrativos e também para os professores municipais, com a implantação do PCCS (Plano de Cargos e Salários) e do Estatuto do Magistério, estabelecendo o piso salarial da categoria em 2.1 salários mínimos, além da Reforma Administrativa, beneficiando sumamente.
Jornalista Tico Oliveira (C) ex prefeito Hélio Ribeiro(E) E o Rei do baião Gonzagão
Hélio Ribeiro e o saudoso prefeito Pedral Sampaio. Um abraço Impactante